Incêndio atinge hospital municipal de Maranguape; causas serão investigadas
Não há registro de feridos, e fogo foi controlado com extintores da unidade. Bombeiros afirmaram que, a princípio, existe a possibilidade de ter ocorrido pane elétrica, curto-circuito ou instalações velhasUm incêndio atingiu a área de repouso de funcionários do Hospital Municipal Dr. Argeu Gurgel Braga Hersbster, localizado no bairro Outra Banda, no município de Maranguape, por volta das 9h50min desta terça-feira, 8. Ninguém ficou ferido.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), a situação foi controlada por dois agentes que se encontravam na unidade de saúde. Eles utilizaram os extintores disponíveis no local para debelar o incêndio.
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Após a chegada das viaturas do Corpo de Bombeiros, o local foi resfriado com 800 litros de água. "Todos os pacientes e funcionários foram salvos sem nenhuma queimadura", destacou o tenente Venício, do CBMCE.
"Alguns pacientes foram [encaminhados] para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e alguns foram levados por familiares para algum outro hospital", adiciona.
Apesar das chamas se alastrarem pelos corredores, apenas a área de repouso da unidade foi afetada, atingindo camas, armários e o ar-condicionado.
Em nota, a Prefeitura de Maranguape destaca que a situação foi normalizada. "Apesar do susto, tudo já foi devidamente resolvido. As investigações sobre a origem da situação serão devidamente apuradas pelo Corpo de Bombeiros", completa.
O prefeito da Cidade, Átila Câmara (PSB), utilizou as redes sociais para divulgar informações atualizadas acerca do incêndio. Em vídeo, o político mencionou que a parte interna do hospital teve de ser esvaziada para que os pacientes pudessem “respirar o ar da rua" e para "evitar dano à vida das pessoas”.
O gestor municipal destacou que conversou com o diretor do Hospital, Éder de Almeida, e que os profissionais estavam dando o suporte necessário à população que estava na unidade no momento do incêndio. No vídeo, Átila mencionou que o atendimento foi normalizado ainda na tarde desta terça-feira, 8, e que os pacientes que haviam sido remanejados para outras unidades hospitalares voltaram para seus respectivos alojamentos.
“Alguns equipamentos pesados de maior consumo de energia a gente teve que segurar um pouco até averiguação neste momento. Vamos aguardar os laudos para ver as causas, mas o mais importante é que o alvoroço já foi encerrado", complementa o prefeito.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), a princípio, existe a possibilidade de ter ocorrido pane elétrica, curto-circuito ou instalações velhas, contudo, a causa só pode ser identificada após uma investigação, que será comandada pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Conforme um ex-funcionário da unidade, que pediu para não ser identificado, a situação envolvendo os ares-condicionados da unidade é antiga. “O Gonzaguinha está sucateado, a questão dos ares-condicionados são antigas, sempre apresentaram defeito, mas ninguém está nem aí para isso”, mencionou o ex-servidor.
Questionada pelo O POVO sobre essas alegações, a assessoria da Prefeitura de Maranguape destacou que ainda não há laudo oficial dos Bombeiros que aponte que a causa do incêndio esteja ligada aos equipamentos locais. Em nota, a Prefeitura frisou que não irá "comentar sobre depoimentos não oficiais, feitos por pessoas não autorizadas".
"A respeito da manutenção dos equipamentos do hospital, temos a afirmar que o hospital, como é obrigatório e recomendado pelos órgãos de saúde, passa por manutenção periódica realizada por empresa especializada e contratada especificamente para isso. O hospital tem, inclusive, passado por melhorias, como a construção de um novo centro pediátrico e uma sala destinada a implantação do tomógrafo", completou.
Cecília Quintela estava internada em um dos alojamentos da unidade hospitalar no momento em que as chamas começaram. A mulher aguardava transferência para outro hospital que tratasse da sua fratura no fêmur.
Até a publicação deste material, Cecília estava a caminho do Hospital Geral de Quixeramobim, município distante 212 km de Fortaleza. Ela passará por um procedimento cirúrgico
“A fumaça estava pegando no quarto (onde ela estava), já estava ficando com falta de ar”, diz Cecília em vídeo publicado no Instagram.
Colaborou Luíza Vieira, Especial para O POVO