Maranguape registra dez tremores de terra nesta segunda, 4

Eventos são considerados de baixa intensidade e estão sendo monitorados pela LabSiS/UFRN, que informou que eles são provenientes de uma falha geológica ativa na região

Dez tremores de terra foram registrados no município de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), na madrugada desta segunda-feira, 4. Os eventos tiveram magnitudes de 1.0 a 1.8 na escala Richter (mR). As informações foram confirmadas pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSiS/UFRN), que monitora os eventos sísmicos no Ceará.

O Instituto informou que os tremores tiveram baixa intensidade e ainda não há informações se os moradores sentiram os eventos. O técnico do LabSis Eduardo Menezes diz que os tremores foram considerados normais. “Eles não trazem nenhum perigo porque são pequenos, mas o laboratório continua monitorando.”

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Ainda segundo o técnico do LabSiS, os tremores são provenientes de uma falha geológica ativa na região. “Os recentes tremores de hoje tiveram na sua maioria intensidades baixas, o número de dez eventos mostra que é uma região ativa e que sempre há repetições de tremores. O mais forte de hoje teve sua magnitude preliminar em 1.8 mR”, informa Menezes.

Eventos foram registrado próximo a açude

Os eventos foram registrados próximo ao açude Itapebussu, conhecido como açude do “Rato”, no distrito de Manoel Guedes, em Maranguape. A barragem é monitorada pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e pertence ao pertence ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). O órgão disse ao O POVO que “o proprietário do reservatório é o responsável pela sua integridade bem como a elaboração de planos de ação de emergência”. 

A Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) também foi procurada e informou que não foi acionada de forma oficial sobre os casos. A pasta disse que, diante do caso, entrou em contato com a Defesa Civil e com o escritório regional da Cogerh para tomar as medidas cabíveis.

“Reforçamos que historicamente os impactos não são significativos para comprometimento da estrutura [da barragem], porém, será feita uma vistoria no local”, disse o órgão.

Em nota, a Cogerh informa realizar "inspeções regulares de segurança duas vezes por ano nos açudes estaduais e uma vez por ano nos açudes federais (embora essa última seja responsabilidade do proprietário, no caso, o DNOCS)".

A Defesa Civil de Maranguape informou ao O POVO nesta terça-feira, 5, que a situação é estável sem danos humanos, estrutural ou ambiental. "Vamos continuar acompanhado e qualquer situação de anormalidade fazemos contato", disse o órgão em nota.

Atualizada às 14h59min da terça-feira, 5

 

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