Adolescente de 16 anos teria articulado morte do padrasto por dívida de R$ 100
Homem foi morto a tiros quando estava em um orelhã, com o filho de 5 anos nos braços
08:50 | Jun. 20, 2023
Em 2019, uma adolescente de 16 anos de idade teria articulado a morte do próprio padrasto, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A motivação seria uma dívida de R$ 100. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o mandado de busca e apreensão foi expedido cinco anos após o caso, e o cumprimento foi nesse fim de semana.
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Conforme a investigação, a adolescente acreditava que o padrasto havia retirado o dinheiro da bolsa dela e, por isso, teria se reunido com outras duas pessoas para a execução. As informações são do delegado Marcos Renato, titular do 29º Distrito Policial, com base nos autos.
A jovem, agora com 20 anos de idade, foi detida mediante um mandado de busca e apreensão, pois na época era adolescente e o caso era considerado ato infracional.
Conforme o delegado Marcos Renato, em depoimento, a adolescente relatou que o homem maltratava a mãe dela, no entanto a própria mãe negou as informações e relatou que o caso foi devido a uma dívida de R$ 100. Um dia antes do assassinato do homem a tiros, a adolescente teria tentado atacá-lo com uma faca.
De acordo com o delegado, a jovem, na época, era integrante de uma facção criminosa e conseguiu a "decretação" do padrasto, ou seja, teria obtido aval da organização para que ele fosse morto. Mais duas pessoas participaram da ação, apurou a Polícia Civil do Ceará (PC-CE).
De acordo com as investigações, no dia da execução a vítima estava com o filho de 5 anos de idade nos braços. A criança chegou a relatar que quem atirou foi um homem de camisa vermelha.
A PC-CE identificou que o autor do crime era chamado de "Lorin" e outra mulher também participou da ação.
Jovem suspeita de envolvimento na morte do padrasto: entenda mandado
O mandado de busca e apreensão é devido ao fato de a suspeita ainda ser adolescente na época do crime. Ela deve cumprir uma medida protetiva e ficar recolhida, no máximo, por três anos.
Os nomes dos envolvidos não são divulgados em razão de o caso ter acontecido quando a mulher era adolescente.
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