Acusados de matar vereador em 2005 em Limoeiro do Norte são absolvidos

O próprio Ministério Público requereu a absolvição dos denunciados por matar o também advogado Lincoln Andrade Maia, então com 35 anos

20:29 | Mai. 30, 2024

Por: Lucas Barbosa
Imagem de apoio ilustrativo. Acusados de matar vereador em 2005 em Limoeiro do Norte são absolvidos (foto: Reprodução/ Internet)

Três homens e uma mulher que eram réus pelo assassinato de Lincoln Andrade Maia, advogado e vereador de Limoeiro do Note (Vale do Jaguaribe) foram absolvidos em júri popular realizado nessa terça-feira, 28. Os jurados entenderam não haver provas de que eles participaram do crime, ocorrido em 6 de novembro de 2005, e o próprio Ministério Público Estadual (MPCE) requereu a absolvição.

Eram acusados: Antônio Nilton da Costa, conhecido como "Niltinho", José Edimar Mendes, conhecido como "Gó", Maria de Fátima Sena, Francisco Lopes Ribeiro, conhecido como "Chico Patú" e Francisco Joélio Guimarães Bezerra — este último já morto.

Conforme a denúncia do MPCE, ofertada em 2007, a vítima estava em sua residência, quando foi atingida por um disparo de arma de fogo. Lincoln, então com 35 anos, chegou a ser socorrido, mas morreu um dia depois no Hospital Geral de Fortaleza (HGF).

A acusação ainda sustentava que o crime havia sido praticado por ciúmes que Antonio Nilton teria da vítima em relação à sua companheira, Maria de Fátima, já que ambos mantiveram um relacionamento.

“Conforme as razões declinadas no aditamento à peça acusatória, o réu Francisco Joélio foi o responsável por atrair o ofendido para ser morto, pedindo à esposa dele, na entrada da casa, para chamá-lo”, consta na sentença da juíza Marília Ferreira de Souza Varella Barca.

“Ao se dirigir ao portão de entrada, atraído por Francisco Joélio, o ofendido foi atingido com um disparo de arma de fogo na nuca, efetuado pela acusada Maria de Fátima Sena, que adentrou na residência sem ser percebida”.

Para o advogado Abdias Carvalho — que defendeu Francisco Lopes, acusado de dar fuga a Maria de Fátima, —, “finalmente, fez-se justiça”. Conforme afirmou em nota o advogado, “as investigações conduzidas à época seguiram uma linha equivocada”.

“Hoje, com a absolvição de todos os réus, incluindo meu cliente, a verdade prevaleceu, declarou. A justiça foi restabelecida, e os inocentes finalmente foram exonerados das falsas acusações que carregaram por quase duas décadas”.

Além do advogado Abdias Carvalho, atuaram no caso os advogados Carlos Marduque Silva Duarte (defendendo Maria de Fátima), Elimaira Micaela Camargo Sgotti e Adriana Ramo (que defenderam Antônio Nilton).