Julgamento do caso Zé Maria do Tomé segue sem data definida

O TJCE deve decidir, por meio de uma desembargadora sobre o desaforamento do caso

José Maria Filho, conhecido como Zé Maria do Tomé, foi morto há 12 anos. O único acusado do crime, Francisco Marcos Lima Barros, seria julgado em 6 de setembro deste ano, acusado do homicídio triplamente qualificado, no entanto, o julgamento foi adiado e até o momento não há data definida.

A defesa pediu adiamento do julgamento e foi atendida pela Justiça, além de pedir o desaforamento do caso no Tribunal de Justiça. O desembargador pediu que o processo voltasse a Limoeiro do Norte e o Ministério Público se manifestasse. O promotor de Justiça responsável pelo caso se manifestou para que, se caso seja desaforado, seja julgado nos municípios de Russas ou Aracati. O Ministério Público, no 2º grau, foi favorável à manifestação do promotor. 

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Zé Maria era um ambientalista e lutava contra a pulverização de agrotóxicos na Chapada do Apodi, na região de Limoeiro do Norte, a 202 quilômetros de Fortaleza. As mobilizações do líder rural fizeram com que uma lei, que proibia a dispersão do veneno, feita por aviões, fosse aprovada na Câmara Municipal de Limoeiro do Norte. Um mês após a morte de Zé Maria a lei foi revogada. Em 2018, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei estadual que proíbe a pulverização.

A morte de Zé Maria foi no dia 21 de abril de 2010. Ele foi executado com aproximadamente 20 tiros em uma estrada carroçável em Limoeiro do Norte. O processo tem 4.500 páginas. A denúncia do Ministério Público do Ceará foi realizada dois anos depois do crime.

 

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Tribunal de Justiça do Ceará Ministério Público do Ceará pulverização de agrotóxicos

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