Guarda Civil de Juazeiro do Norte inicia treinamento para porte funcional de armas

Estipula-se que os guardas estejam aptos para o porte até fevereiro de 2024

A Guarda Civil de Juazeiro do Norte, a 489,2 km de Fortaleza, iniciou os treinamentos para o porte funcional de armas de fogo no último dia 19 de junho. Na academia municipal de segurança pública, 60 servidores serão capacitados. A expectativa é que o treinamento seja concluído até setembro deste ano. Estipula-se que os guardas estejam aptos até fevereiro de 2024.

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De acordo com a Câmara dos Deputados, o porte funcional possibilita que autoridades — no caso os guardas — portem armas de fogo em razão do cargo ou função que exercem. Esse modelo de porte dura apenas durante o exercício do cargo, função ou mandato.

“A questão do porte funcional é uma necessidade histórica”, disse Cláudio Luz, secretário de Segurança Pública e Cidadania de Juazeiro do Norte, ao repórter Yago Pontes, da rádio O POVO CBN Cariri. “É uma necessidade do ponto de vista da defesa pessoal do guarda defender sua própria vida, porque ninguém sabe onde tem um criminoso armado.”

“Com os ataques a escolas que estão acontecendo no Brasil, invariavelmente os agressores estão armados com armas de fogo, os fatos mostram isso. É impossível o guarda municipal defender a população, os estudantes e os professores se ele não porta uma arma de fogo”, adiciona.

Uma das preocupações diz respeito à saúde mental dos agentes. “O número de suicídios é gigantesco nas forças policiais do Brasil. De forma correta, não são divulgados, mas dentro da Polícia Federal existem muitos casos”, diz o secretário.

“Nós temos um núcleo de atendimento psicossocial [e temos] acesso a psiquiatras e psicólogos. Agora, é evidente que o serviço precisa ser permanente. Nós temos casos de guardas com alguns tipos de transtornos, que estão sendo acompanhados. É evidente que [a situação] se agrava quando esse servidor tem uma arma de fogo. Vamos acompanhar e fortalecer esse acompanhamento psicológico dos guardas para minimizar o problema”, completa Cláudio. 

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