Abandono de animais: Centro de Zoonoses de Juazeiro recebe até dois casos por semana

Segundo a diretora do Centro, Eliziane Lucena, pessoas estão deixando ou até jogando pelo muro os animais. Atos configuram crime perante a Lei, sob pena de dois a cinco anos de prisão

18:30 | Mai. 10, 2023

Por: Gabriel Gago
Animais em situação de abandono tem sido cada vez mais frequentes em Juazeiro do Norte (foto: THAÍS MESQUITA)

Uma prática criminosa tem sido cada vez mais recorrente em Juazeiro do Norte, a 489,2 km km de Fortaleza: o abandono de animais. No último domingo, 7, o Centro de Zoonoses de Juazeiro do Norte recebeu mais um ato de tutores despejando os próprios animais no espaço. Na ocasião, dois tutores abandonaram cães e gatos em situação debilitada no local.

À rádio CBN Cariri, a diretora do Centro de Zoonoses de Juazeiro, Eliziane Lucena, afirma que atos como este tem sido cada vez mais observados na cidade.

Segundo Lucena, em média, um a dois são registrados por semana no espaço. Ela também evidencia que nem sempre é possível identificar todos os tutores. No entanto, em todos os casos há o registro do Boletim de Ocorrência (B.O).

“É algo triste e lamentável. Um ato cruel e covarde de um tutor que abandona o seu animal, principalmente na hora que está doente. Deixam na porta, ou jogam por cima do muro, como já aconteceu”, conta a diretora ao repórter Guilherme Carvalho.

Perante a Lei Federal N° 14064, o ato configura crime por maus tratos e abandono dos animais. A penalidade é de 2 a 5 anos e é irreversível. Sendo assim, o tutor pego em flagrante será direcionado diretamente para a cadeia. “Hoje os animais são seres de direito”, encerra Eliziane.

Como o Centro procede

Sobre o destino dos animais abandonados, o Centro de Zoonoses de Juazeiro do Norte assegurou que realiza, em primeira instância, testes de detecção de alguma zoonose. Caso não seja observada nenhuma patologia, o animal é encaminhado para adoção.

O principal foco do Centro é diagnosticar, avaliar e controlar as questões das zoonoses, leishmaniose, raiva, sarna, realizar a vacinação antirrábica, e trabalhar na fiscalização de locais que podem existir maus tratos.

O órgão também salienta que não realiza quaisquer atividades de urgência, como atropelamentos ou o animal passando mal.

Serviço

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Contato: (88) 3199-0450