Acidente em cacimba em Juazeiro completa um ano: fiscalização aumenta
Defesa Civil realiza operação de identificação e fiscalização de cacimbas e poços desativados no municípioO acidente em uma cacimba envolvendo duas irmãs, em Juazeiro do Norte, completou um ano no último dia 24 de março. O caso mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e, desde então, resultou na intensificação do trabalho de fiscalização da Defesa Civil do município. As informações são do repórter Guilherme Carvalho, da rádio CBN Cariri.
As mulheres — identificadas como Sônia Cristina Pereira da Silva e Maria Edilânea Moreira — estavam estendendo roupas no quintal da casa quando a tampa do poço cedeu, e as duas caíram no buraco, que tinha mais de 30 metros de profundidade.
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Edilânea, de 36 anos, foi resgada com ferimentos leves horas depois do acidente. Porém, Sônia, de 48 anos, passou quatro dias desaparecida antes de o corpo ser encontrado em avançado estado de decomposição pelos bombeiros militares.
Devido à complicada localização da cacimba e às fortes chuvas na região, o trabalho dos agentes foi dificultado.
O caso repercutiu e gerou uma discussão sobre a fiscalização de cacimbas no município.
A Defesa Civil de Juazeiro do Norte iniciou uma força-tarefa para identificar cacimbas e postos desativados na cidade.
Em entrevista ao repórter Guilherme Carvalho, da rádio CBN Cariri, o coordenador do órgão, Antônio Souza, explicou que o trabalho é realizado com o objetivo de evitar mais acidentes como o registrado em março de 2022.
“As visitas e vistorias em cacimbas, fósseis ou poços desativados que causam risco de afundamentos em residências aqui de Juazeiro do Norte são realizadas pela Defesa Civil com o intuito de orientação e informação técnica de como fazer a manutenção preventiva desses poços e nos quintais das casas, nas calçadas”, pontuou.
Segundo ele, são medidas preventivas para que o caso de um ano atrás não se repita.
Os moradores podem solicitar uma visita da Defesa Civil de Juazeiro do Norte pelo número 3199 0460. Na visita, a equipe deverá analisar a cacimba ou o poço desativado e examinar o risco de acidentes.
Caso o local apresente a possibilidade de desabamento, o órgão poderá interditar a área e orientar sobre as medidas que deverão ser tomadas.