Abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica é inaugurado em Juazeiro do Norte
O local tem capacidade de abrigar cerca de 15 mulheres e seus filhos. No Abrigo, também será trabalhado o empoderamento das vítimas com cursos, além de auxiliar no desenvolvimento profissional
22:13 | Fev. 03, 2022
A região do Cariri passa a contar, a partir dessa segunda-feira, 2, com uma Casa Abrigo destinada a mulheres que sofreram violência doméstica. O Serviço de Acolhimento Institucional para Mulheres Vítimas de Violência é situado no município de Juazeiro de Norte, mas também atende pessoas oriundas dos demais municípios da região Crajubar: Barbalha e Crato. No local, poderão ser amparadas mulheres de todas as idades, bem como seus filhos.
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Segundo Leonardo Marinho, titular da 12° Promotoria de Justiça de Juazeiro do Norte, o equipamento foi inaugurado tendo em vista uma carência da região. "Conseguimos reunir os três municípios, que são atendidos pelo Juizado de Violência Doméstica de Juazeiro do Norte. A Casa Abrigo vem para somar na rede de proteção às mulheres, mais uma importante ferramenta de proteção às mulheres e seus filhos menores, que necessitam de um local seguro e confortável para enfrentar essa situação e recomeçar a vida", declarou.
A Casa Abrigo foi criada a partir de um convênio entre os três municípios do triângulo Crajubar, com a divisão equânime de gastos entre as três administrações municipais. Dessa forma, a princípio, a iniciativa vai contemplar apenas mulheres moradoras dessa região. No entanto, segundo Leonardo Marinho, futuramente esse serviço pode ser ampliado para outros municípios, caso haja demanda suficiente.
As assistência às mulheres que frequentarão o abrigo ocorrerá de forma integral. Segundo o promotor de Justiça, o local também servirá de empoderamento para as hóspedes. "A gente pretende que possa ser feito, no local, cursos e palestras. Essas pessoas, além da precisão de recomeçar suas vidas, também precisam de um norte, um apoio psicológico. Também será abordada a questão do desenvolvimento de um trabalho, justamente para que as mulheres saiam de lá fortificadas", explica Leonardo Marinho.
Inicialmente, as vagas serão destinadas a 15 mulheres, além dos seus filhos dependentes menores. Contudo, segundo o titular da Promotoria de Justiça de Juazeiro, esse número pode ser ampliado a depender da demanda da região. Serão atendidas mulheres de qualquer idade, desde que estejam em situação de violência doméstica. Cada mulher pode permanecer no abrigo, a princípio, durante 90 dias. Esse período, no entanto, pode ser prolongado de acordo com as necessidades das vítimas.
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