Sindicato sinaliza possível greve dos servidores da saúde de Juazeiro do Norte
Entre as reivindicações está o pagamento do adicional de insalubridade, que foi suspenso mesmo durante a pandemia do novo coronavírus; segundo o sindicato, quase mil profissionais não receberam valores previstos em leiO sindicato de servidores públicos municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun) informou na última terça-feira, 30, a possibilidade de greve dos servidores da saúde pública do município. As reivindicações da categoria são de repasse da gratificação estabelecida por lei para os servidores dos postos de saúde, restabelecimento do adicional de insalubridade e o cumprimento da lei municipal que estabelece a jornada de trabalho de profissionais da enfermagem e psicologia.
Em entrevista ao jornalista Farias Júnior, da rádio CBN Cariri, o presidente do Sisemjun, Marcelo Alves, afirmou que a Prefeitura do Município deixou de pagar aos servidores dos postos de saúde, uma gratificação estabelecida por lei. “São quase mil profissionais prejudicados com a atitude do governo Glêdson Bezerra de não pagar essa gratificação, que tem repasse do governo federal mensalmente”, disse.
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Desde o mês de abril, segundo ele, o município está descumprindo a Lei Municipal que estabelece a jornada de trabalho dos profissionais da enfermagem e psicologia. Além disso, a Prefeitura suspendeu, desde maio, o pagamento do adicional de insalubridade dos servidores lotados na UPA Limoeiro, do Centro de Especialidades Odontológicas, do Serviço de Acolhimento Médico Especializado e vários outros serviços.
Devido ao contexto de pandemia, ele afirma que o adicional de insalubridade não deveria ter sido suspenso. “O governo municipal deveria estar pagando adicional de insalubridade no percentual máximo, de 40%. E o município suspendeu o pagamento de quem já recebia um percentual menor”, disse Marcelo.
De acordo com ele, a Prefeitura não tem justificativa plausível para essas medidas. O município afirmou que a gratificação dos servidores dos postos de saúde foi suspensa porque desejava negociar uma nova lei municipal. “O sindicato prima pelo diálogo, mas a Prefeitura não pode passar cinco meses recebendo recursos federais, sem repassar, de acordo com os termos da lei que está em vigor, e não apresenta proposta concreta que atenda minimamente aos servidores da saúde”, afirma o presidente do Sisemjun.
O Sisemjun solicita reunião semanalmente à Prefeitura e à Secretaria de Saúde, mas há dois meses o governo se recusa a tratar dessas questões, segundo Soares. Após emissão da nota informando a possibilidade de greve dos servidores, ele afirmou que a Prefeitura entrou em contato com o sindicato para agendar uma reunião para sexta-feira, 3.
Segundo o presidente do sindicato, a expectativa da categoria é de chegar a acordos em relação a gratificação dos servidores dos postos de saúde, a jornada de trabalho dos profissionais de Enfermagem e Psicologia, assim como do restabelecimento de adicional de insalubridade.
Ele afirma que a possibilidade de greve fica suspensa até que seja realizada a reunião. “Há 5 meses os servidores estão prejudicados tentando negociar com o governo, mas tudo tem limites. Esperamos poder avançar e já informamos que se não houver acordo, o risco de greve é iminente”, disse.