"Eles vão andando e batendo no meu filho", diz pai de turista morto em Jericoacoara

Danilo Martins receberá o corpo do filho de 16 anos um dia antes da véspera de Natal. Traslado foi viabilizado com ajuda financeira de amigos. Os dois faziam a primeira viagem para fora de São Paulo

Danilo Martins de Jesus, pai do adolescente Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, morto após desaparecer em Jericoacoara, no Ceará, no último dia 17 de dezembro, apontou que o filho foi agredido e arrastado nas imagens do vídeo de câmeras de vigilância no município de Jijoca de Jericoacoara, no Ceará. 

LEIA TAMBÉM | Polícia diz já ter identificado suspeitos da morte de turista em Jericoacoara

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Conforme o pai, algumas pessoas passam pelo local e presenciam as agressões, mas não fazem nada por medo. "Eles vão andando e batendo no meu filho", descreve a cena.

O pai receberá o corpo de Henrique um dia antes da véspera de Natal para os ritos de velório e sepultamento no município de Bertioga, na Baixada Santista. O translado do corpo do Ceará até a cidade do litoral paulista só foi possível a partir de uma vaquinha custeada por amigos do adolescente.

Era a primeira viagem de pai e filho para fora de São Paulo. 

Pai notificou desaparecimento ao chegar em pausada de Jeri

Em entrevista ao O POVO, o pai destaca que existe um grupo que fica nas proximidades da viela onde seu filho foi capturado e que o tráfico de drogas ilícitas acontece em via pública como uma feira ao ar livre.

Ele aponta que as pessoas da vila temem o grupo e não denunciam por temer represália.  

Pai e filho estavam em Jeri desde o dia 10 de dezembro e haviam antecipado o voo para voltar a São Paulo por motivo de trabalho. O pai ficou no centro de Jericoacoara e o filho voltou para a pousada.

Ao chegar no local de hospedagem posteriormente, Danilo identificou que Henrique não havia chegado. Após as buscas, o adolescente foi encontrado morto. 

O genitor acredita que o filho foi morto por ter sido fotografado fazendo gestos que, para os criminosos, pertenciam à facção rival que atua na vila.

No entanto, ele destaca que o garoto não possuía qualquer envolvimento com a criminalidade e que, na terra natal, em São Paulo, não há qualquer represália em relações a gestos ou sinais; por isso, fazem diversos gestos e sinais nas fotografias. 

 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar