Criadores protestam contra mortes de peixes em Jaguaribara

Para o secretário de Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente de Jaguaribara, o restante do Ceará precisa saber da situação calamitosa na cidade

10:10 | Jun. 29, 2015

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Produtores realizam um protesto contra a mortandade de peixes no açude Castanhão, na manhã desta segunda-feira, 29, em Jaguaribara, 225,1 km de Fortaleza. O ato, que percorre as principais ruas da cidade, teve início às 9 e vai até as 11 horas. Nos últimos dias, pelo menos 2,6 mil toneladas de peixes morreram nas margens da barragem.

Segundo Ernesto Góis, presidente da Cooperativa dos Produtores do Curupati, os peixes mortos seguem sendo retirados do açude, nesta segunda-feira, 29. "Cinco dias seguidos encontrando os animais mortos, retirando do açude. É um prejuízo enorme, estamos querendo chamar atenção do poder público para essa situação", explicou.

Para o secretário municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente de Jaguaribara, Roberto Colares, o restante do Ceará precisa saber da situação calamitosa na cidade. "Ninguém de fora tem ideia do que está acontecendo. São famílias inteiras sendo prejudicadas financeiramente. As pessoas ficam abaladas e precisam até contratar pessoas para ajudar na retirada dos peixes mortos, que ainda precisam ser enterrados para evitar poluição do açude", detalhou.

Uma nova reunião está marcada para a manhã desta terça-feira, 30, com representantes dos criadores de peixe, do Município e do Governo do Estado, na sede da Câmara dos Vereadores de Jaguaribara. "É uma mão-de-obra grande, com um prejuízo que já ultrapassa os R$ 8 milhões", completou Roberto.

Produtores acreditam que, quando a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) fechou a válvula responsável por liberar água para o rio Jaguaribe, aconteceu um movimento brusco e a água do fundo - mais densa - atingiu a superfície e causou as mortes. Em nota, a companhia refutou a tese.

Redação O POVO Online