Itapipoca: bombeiros resgatam macaco-prego que atacou adolescente

Caso ocorreu nessa segunda-feira, 10, no distrito de Ipu Mazagão; animal foi levado a orgão ambiental após o resgate, e jovem tomou vacina antirrábica

Um ataque inusitado de animal selvagem levou o Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) ao distrito de Ipu Mazagão, em Itapipoca, no Litoral Oeste do Ceará. A corporação foi acionada devido a um macaco-prego que estava causando transtornos na comunidade.

Segundo moradores, o animal estava "quebrando telhados e destruindo alimentos e objetos" no local. Ele chegou a entrar em algumas das casas para pegar comida, e até mesmo deixou um corte profundo na mão de um adolescente.

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Quando os bombeiros chegaram ao local, o jovem já havia sido levado a uma unidade de saúde, onde teve a ferida tratada e tomou vacina antirrábica. O pequeno primata, porém, continuava gerando medo, resistindo com violência contra quem tentasse se aproximar.

Ainda assim, os bombeiros conseguiram capturar o animal. O macaco-prego foi alimentado e levado ao Instituto do Meio Ambiente do Município de Itapipoca (Immi).

Corpo de Bombeiros diz que animais silvestres não devem ser mortos

A recomendação do CBMCE é que, ao encontrar bichos selvagens em áreas residenciais, não deve-se matar os animais. O correto é solicitar, pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), a presença dos bombeiros, que são treinados para remoção segura dos animais silvestres.

Não há benefícios em matar animais selvagens nestes encontros, caso não estejam representando perigo imediato. O correto é mantê-los a uma distância segura, sob vigilância e possivelmente restritos a um espaço que não possam escapar ou gerar risco para pessoas e animais domésticos. Após o resgate, os bichos são levados para áreas de mata e devolvidos à natureza.

Além de ser um possível crime ambiental, especialmente para espécies protegidas ou ameaçadas de extinção, matar animais silvestres pode gerar problemas. Ao fazer isso, quebra-se a cadeia alimentar de diversas espécies, o que, em larga escala, agrava problemas ambientais.

Aves de rapina, por exemplo, embora por vezes se alimentem de carcaças e até de lixo, também são predadores de pequenos roedores e aranhas. Cobras e serpentes, por sua vez, também têm grande importância no ecossistema. Sua principal função é evitar o crescimento descontrolado na população de ratos.

Além disso, espécies peçonhentas, que injetam toxinas pela mordida - o que não é o caso da jiboia, que mata suas presas apertando-as até sufocar - são úteis para desenvolver soros contra as próprias picadas. Essas espécies também podem ser usada para a pesquisa de remédios. O captopril, usado no tratamento para hipertensão, por exemplo, é derivado do veneno de jararaca.

Outros animais geralmente mortos em encontros com humanos também têm importância significativa. Um exemplo é o cambá (ou cassaco), que, por ser imune ao veneno do escorpião, é um grande aliado no controle desse aracnídeo.

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