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Família de ciganos suspeita de duplo homicídio é presa 17 anos após crimes

Na época, uma terceira vítima foi lesionada com um disparo de arma de fogo, ficando tetraplégica. Os crimes aconteceram após uma discussão em uma festa, envolvendo Gleyssinho e uma das vítimas
22:42 | Nov. 23, 2017
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Em operação denominada “Contra o Tempo”, deflagrada nessa quarta-feira, 22, policiais civis da Delegacia Municipal de Itapajé prenderam três pessoas, integrantes de uma família de ciganos, acusados de cometerem duplo homicídio no ano 2000 na cidade. Na época, uma terceira vítima foi lesionada com um disparo de arma de fogo, ficando tetraplégica.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), os suspeitos, pai, mãe e filho, eram investigados pelas mortes de Carlos César Barroso Magalhães, na época com 22 anos; e de José Wilson Barroso Forte Júnior, então com 27 anos.

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Os crimes aconteceram após uma discussão em uma festa, envolvendo Francisco Gleyson Costa - conhecido por “Gleyssinho” e Carlos César. A vítima teria reclamado após flagrar a namorada do suspeito sentada sobre o capô de seu veículo. No mesmo dia, a família de ciganos se reuniu, no intuito de localizar o jovem, mas não conseguiram. Conforme a SSPDS, depois desse caso, familiares de Carlos passam a receber ameaças, inclusive da mãe do suspeito, também presa, identificada por Maria Ziulan da Costa, 64 anos.

Três dias após a discussão, a vítima tentou contato com “Gleyssinho” para desculpar-se pelo ocorrido. Aparentemente, tudo estava resolvido entre os dois, mas na semana seguinte, Carlos César e um sobrinho encontraram o suspeito, em uma festa, onde teve uma nova desavença entre eles.

Após serem separados pelas pessoas que estavam no local, o suspeito saiu do bar e retornou armado e na companhia de outros parentes, entre eles o pai, Francisco Augusto Costa – conhecido por “Alfredo Cigano”; a mãe; e o tio, José Gomes da Costa - conhecido por "Flávio Cigano". Na ocasião, os autores do crime efetuam os disparos que mataram Carlos e José Wilson. O sobrinho de Carlos foi ferido por um tiro, que atingiu a sua medula óssea, deixando-o tetraplégico. Pouco tempo depois, o tio, “Flávio Cigano”, foi capturado. Já os demais ciganos, fugiram.

Presos na última quarta-feira, os três estavam escondidos em uma localidade de difícil acesso, conhecida por Anajá, zona rural de Canindé. Os profissionais de segurança cumpriram os mandados de prisão preventiva pelos homicídios. "Alfredo Cigano" se apresentava na comunidade, onde foi preso, como Alexandre Bruno Barroso; Maria Ziulan se identificava por Maria Lúcia Alves Valdevino, e "Gleyssinho", por Francisco Bruno Barroso.

Na casa, foram apreendidas 23 munições de calibres variados. Os três foram conduzidos para a Delegacia Regional de Canindé, onde foram ouvidos. Os três foram indiciados por falsidade ideológica e posse de munições de arma de fogo. Em seguida, transferidos para unidades prisionais, onde ficarão à disposição da Justiça.

Redação O POVO Online

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