Policial preso por fornecer celulares a presos era diretor de presídio em Itaitinga
O policial penal foi preso por força de mandado de prisão temporária nesta quinta-feira, 31. Com ele, foram encontrados celulares diversos celulares e dinheiro em espécieO policial penal preso suspeito de fornecer celulares para presos era diretor da Unidade Prisional Agente Penitenciário Luciano Andrade Lima (UP-Itaitinga1). A exoneração de José Ramony Emanuel de Melo Costa do cargo foi publicada na edição dessa quarta-feira, 30, do Diário Oficial do Estado (DOE).
Conforme a portaria, a exoneração ocorreu em 17 de outubro último. Antes desse cargo, Ramony de Melo havia sido diretor da Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2).
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Ele estava à frente da unidade quando ocorreu a tentativa de fuga registrada em 3 de agosto, motivo pelo qual chegou a ser convidado para esclarecer o episódio pelo senador Eduardo Girão (Novo).
Ramony também havia sido chefe de equipe da Unidade Prisional de Segurança Máxima do Estado do Ceará (UP-Máxima), como mostrado pela própria Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) em press-release de junho de 2023.
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Atualmente, ele estava lotado na Unidade Prisional de Ensino, Capacitação e Trabalho de Itaitinga (UPECT-Itaitinga).
Procurado por O POVO, o advogado Carlos Bezerra Neto, que acompanhou a prisão, afirmou não ser possível uma manifestação no momento por não ter sido dado acesso à íntegra da investigação. "Mas acreditamos, inicialmente, na inocência", declarou o advogado.
O advogado, que é também coordenador jurídico da Associação dos Profissionais da Segurança (APS), afirmou que, no material que lhe foi apresentado na delegacia, havia algumas "inconsistências".
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O policial penal foi apontado como “suspeito de liderar um esquema voltado para a introdução de aparelhos celulares em unidades prisionais”, conforme divulgado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).
Nesta quinta-feira, 31, a Delegacia de Assuntos Internos (DAI) cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em desfavor dele. “Durante as buscas realizadas, foram apreendidos diversos aparelhos celulares, bem como dinheiro em espécie”, afirmou a CGD.
“Além disso, um veículo de luxo, de propriedade do suspeito, foi apreendido no decorrer da operação”. A CGD ainda afirmou que um processo administrativo foi instaurado contra Ramony; se considerado culpado, ele pode vir a ser expulso da corporação.
Em nota, a SAP afirmou apoiar “de forma integral e transparente o trabalho” da CGD. “Por fim, a SAP reafirma o seu compromisso ininterrupto de combate ao crime”.