Sete detentos fogem de presídio em Itaitinga; um deles foi recapturado

Primeiras informações apontam que os internos teriam fugido pela porta da frente da unidade prisional. Nenhum dos presos foi recapturado até o momento

Sete detentos fugiram da Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A fuga aconteceu na madrugada deste domingo, 17. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), um deles foi recaptuado.

As primeiras informações apontam que os internos teriam fugido pela porta da frente da unidade prisional

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Os presos foram identificados por Francisco Fabio Aragão da Silva, Deyvison Amorim Alves de Mello, Carduno Cardoso de Oliveira, Anderson Gonçalves dos Santos, Mateus Acelino da Silva, José Mateus de Sousa Mesquita e Eilson Alves de Carvalho. Destes, Mateus Acelino da Silva foi recapturado.

A SAP comunica ainda que as diligências "permanecem ininterruptas, junto às outras forças de segurança, para a recaptura dos outros 6 foragidos e que a ação passa por apuração para o esclarecimento do fato e as devidas responsabilizações".

 

Um dos presos foi condenado a 70 anos de prisão pela participação de chacina em Quixeramobim ocorrida em 28 de junho de 2018.

É a segunda fuga de Francisco Fabio Aragão da Silva. No ano passado, o detento e mais outros dois presos fugiram de uma viatura após serem condenados pelo crime no interior do Ceará.

Segundo Rafael Magno da Silva Pinto, diretor do Sindicato dos Policiais Penais do Ceará (Sindppen-Ce), membro conselheiro do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará (Copen) e diretor da Federação dos Policiais Penais do Brasil (Febrapen), a fuga aconteceu aproximadamente entre meia-noite e as 2 horas da manhã. Segundo ele, a estrutura da unidade penitenciária só possui duas guaritas ativas.

“Isso é muito grave. A guarita 7 e a guarita 9 são ocupadas por policiais militares e ficam na retaguarda do presídio. Esses presos fugiram pelo pergolado do isolamento B, onde cada cela tem um solário, que é o espaço em que o preso toma banho de sol. Eles rasparam o pergolado dessas celas, deixando o espaço maior para fugirem, assim aumentou a brecha facilitando a fuga deles”, detalhou.

Ele explicou que após isso os fugitivos alcançaram o teto da unidade, chegando até a laje. Dessa maneira tiveram acesso ao pátio, onde fica o setor que recebe a alimentação. Depois chegaram ao portão e pularam, saindo da unidade. “O último obstáculo deles era o alambrado, que também não tiveram dificuldade. Ultrapassaram e conseguiram a fuga pela porta da frente.”

Rafael Magno denuncia que o efetivo é “totalmente reduzido”, os equipamentos obsoletos e que o lugar por onde os presos saíram não tinha guarita ativa.

“Não existia ninguém na hora? Existia. Só que tem um baixo efetivo, então postos que deveriam ser ocupados ficam desativados. Eles tiveram êxito nessa fuga por conta principalmente do baixo efetivo”, comenta.

Outra reclamação dos policiais é que além do baixo efetivo existe a questão dos bodycam, que são os equipamentos utilizados no corpo. “Eles têm duas funções que é a de filmar e a de também se comunicar, mas a comunicação de um policial de um posto para o outro está com ‘deficiência’, não funciona adequadamente. Então isso compromete muito a segurança”.

Outra observação que os policiais fizeram é sobre o fato de estar na mesma cela somente presos reincidentes com histórico de fugas. “Além de serem locais com menos segurança, era uma cela com concentração de presos reincidentes, até aquele preso que está envolvido na chacina de Quixeramobim, o Francisco Fabio Aragão da Silva, que já tinha logrado êxito numa fuga de uma viatura da polícia penal.” 

Atualizada às 21h40min 

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