CGD afasta preventivamente policiais penais suspeitos de tortura
Os cinco policiais foram retirados das funções nas penitenciárias, mas podem permanecer em atividades administrativas da SAPCinco policiais penais foram afastados preventivamente e um inquérito foi aberto pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD) para apurar uma suspeita de tortura cometida pelos agentes, em maio deste ano, na Unidade Prisional Agente Elias Alves da Silva (UP-IV), em Itaitinga. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última segunda-feira, 2.
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Wandermberg Moreira de Sousa, Izac dos Santos Muniz, Jefferson Linhares Cavalcante, Ítalo Leite Tavares e Virgílio de Souza Reis foram afastados das funções por 90 dias, mas podem permanecer em atividades administrativas na sede da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP).
De acordo com as informações publicadas no DOE, os policiais teriam agredido fisicamente dois detentos, depois de um deles se recusar a tomar seus medicamentos controlados. O chefe da equipe teria tirado um dos presos da cela pelo pescoço, levando-o para o corredor, onde foi algemado.
Outro preso saiu em defesa do homem que estava sendo agredido e levou chutes na cabeça e um enforcamento. Na ocorrência, dez disparos com balas de borrachas foram efetuados, atingindo a cabeça, as coxas, o joelho, o abdômen e a virilha de um dos detentos.
À época dos fatos, o preso agredido disse que não estava "se dando" com a medicação, por isso recusou-se a tomar. Ele também afirmou que foi atingido com um chute no maxilar e precisou passar por uma cirurgia.
A reportagem tentou contato com a SAP, por meio da assessoria de comunicação. A matéria será atualizada quando a Pasta se pronunciar sobre o caso.