Familiares de caseiro suspeito de matar Rakelly são ouvidos pela Polícia

A delegada Socorro Portela, titular da Divisão de Homicídios, viajou nesta quarta-feira, 29, para Sobral, onde realizou as oitivas na Delegacia Regional de Sobral. Foram ouvidos dois irmãos, a esposa e o filho do caseiro

10:07 | Set. 30, 2016

Os familiares do caseiro José Leonardo Vasconcelos Gracindo, 33, preso suspeito de assassinar a menina Rakelly Matias Alves, 8 anos, foram ouvidos pela titular da Divisão de Homicídios, Socorro Portela. A delegada viajou nesta quarta-feira, 29, para Sobral, onde realizou as oitivas na Delegacia Regional de Sobral. Foram ouvidos dois irmãos, a esposa e o filho do caseiro.


Um dos irmãos ouvidos pela delegada morava no sítio onde ocorreu o crime e disse à Polícia que não viu Rakelly no local no dia do crime, além de negar qualquer envolvimento na morte da garota. O rapaz foi submetido por exame de corpo de delito e forneceu material genético para análises.


A esposa do caseiro também informou que não viu Rakelly no sítio no dia do crime. O filho do suspeito, de 11 anos, foi ouvido pela delegada na presença do Conselho Tutelar. De acordo com Socorro Portela, os depoimentos são necessários para a continuidade das investigações e a conclusão do inquérito, que tem o prazo de dez dias para ser remetido ao Poder Judiciário.


Confissão do caseiro

O caseiro Leonardo de Vasconcelos confessou em depoimento à Polícia ter abusado sexualmente de Rakelly. Segundo a titular da Divisão de Homicídios, Socorro Portel, a criança foi morta no mesmo dia em que desapareceu, na última quarta-feira, 22. Ela foi ao sítio para brincar com o filho do acusado, mas foi impedida por Leonardo, na varanda da residência principal da propriedade.


Conforme o depoimento do caseiro, a garota foi asfixiada, amordaçada e teve as mãos amarradas. Depois que a criança desmaiou, Leonardo teria iniciado o abuso sexual. A menina teria acordado e mais uma vez foi asfixiada por estrangulamento, tendo o pescoço quebrado.


Leonardo disse à Polícia que continuou o abuso com a menina morta e, em seguida, jogou o corpo dela em uma cacimba.


No dia em que o corpo da Rakelly foi achado, Leonardo chegou a dizer que havia ingerido veneno de rato (chumbinho). Ele foi levado a uma unidade médica, mas os exames constataram que não houve ingestão da substância.

O caso
Rakelly estava desaparecida desde o dia 21 e foi encontrada morta no último sábado, 24, dentro de uma cacimba localizada em um sítio, no terreno ao lado da casa onde ela morava com a família. A morte da criança gerou comoção e revolta entre os moradores do distrito de Gereraú, em Itaitinga. A população tentou invadir a casa do suspeito, mas ele não estava mais no local.


O caseiro do sítio foi preso em flagrante e autuado por homicídio triplamente qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. Na noite de domingo, ele foi transferido para o Sistema Penitenciário do Estado.