Cogerh realiza estudos no rio Jaguaribe, após mortandade de peixes
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Cogerh afirmou que a mortandade aconteceu principalmente nas proximidade da barragem de Itaiçaba
19:22 | Jan. 15, 2016
Moradores das redondezas do rio Jaguaribe, em Itaiçaba (a 164 km de Fortaleza), denunciaram, no último dia 10, a mortandade de peixes e crustáceos no rio. Após a notícia, publicada pelo O POVO Online, a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) realizou estudos de qualidade da água do rio, afim de buscar possíveis causas para a morte da fauna local.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Cogerh afirmou que a mortandade aconteceu principalmente nas proximidade da barragem de Itaiçaba. Verificados o nível de oxigenação da água e a ocorrência de chuvas na região, o órgão levantou a possibilidade de que as mortes possam ter acontecido pelo grande aporte de água no rio.
"Vale ressaltar que, devido ao longo período de estiagem, o poder de resiliência dos ecossistemas aquáticos é comprometido, ou seja, reduzida a capacidade dos rios em suportar alterações significativas em suas características", afirma.
A equipe do órgão esteve no local nos dias 10 e 11, percorrendo 16 km do rio Jaguaribe, do trecho de Giqui até a barragem de Itaiçaba. Relatos, captados pelo órgão, descrevem que o fato ocorreu na madrugada do dia 10, logo após uma intensa chuva na região, e afetando peixes e crustáceos, do rio e das piscinas de cultivo.
A maior perda foi registrada, conforme aponta a Cogerh, nas pisciculturas em tanques-rede de Tilápia-do-nilo, onde os piscicultores dizem ter ocorrido mortandade também nos meses de novembro e dezembro de 2015.
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A Companhia afirma ter registrado, em análise, níveis de oxigênio satisfatórios à manutenção da vida (acima de 5 mg/L), o que reforça que o evento possivelmente teve causas pontuais e momentâneas.
"A desoxigenação das águas em corpos hídricos está comumente associada à entrada de matéria orgânica, oriunda tanto das águas superficiais trazidas pelas chuvas como de efluentes das atividades do homem. Postos pluviométricos da região indicaram chuvas de até 37 mm no dia 09, o que indica aporte significativo de águas no rio no período. Dados de efluentes na região, como das carciniculturas ainda estão sendo levantados", informa a Cogerh.
Redação O POVO Online