Cearense descobre substância natural eficaz contra a gripe e é medalhista nos EUA
O projeto foi apresentado na na maior feira de ciências do mundo nos Estados Unidos, em maio. O estudante usou a sabedoria popular para desenvolver o projetoA conquista foi recente, mas a experiência continua para o estudante, que espera concluir o último ano no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)- Campi Limoeiro do Norte e prosseguir com a pesquisa, que ainda está em fase de teste.
Com a forte incidência do vírus da gripe em várias regiões, Lucas decidiu começar pela cidade em que nasceu, município de Iracema, que fica a 234 Km de Fortaleza.
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Assine“A população da minha localidade sofre muito com o vírus. Então decidi criar um meio natural e acessível às pessoas da região. Uma maneira eficaz e barata para tratar a gripe", diz o estudante.
Lucas fez uma pesquisa com cerca de 120 pessoas da região para identificar como elas agiam quando contraíam o vírus. Segundo o jovem, a maioria usava frutas que contém vitamina C, além da casca de romã.
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A partir dessa constatação, o estudante resolveu unir acerola, goiaba e caju (frutas usadas pela população) junto com óleo extraído da casca e da semente de romã.
O projeto, que teve início no 2º semestre de 2013, ainda está em andamento, mas promete ajudar quando o assunto for a velha gripe.
Teste
“Testado em laboratório, o composto inibe o vírus da gripe em aproximadamente três dias e três vezes mais rápido que produtos de farmácia”, afirma Lucas.
De acordo com o estudante, a polpa produzida é capaz de produzir glóbulos brancos, responsáveis pelo organismo humano.
"Usei pessoas gripadas de diferentes idades, e fiz grupos com pessoas que tomaram antivirais de farmácia e o meu produto foi melhor em cerca de 6 vezes na diminuição de sintomas", contou o estudante.
Prêmios
Com o projeto do antiviral, Helyson ganhou em maio a medalha de bronze na competição de ciência Intel ISEF, na categoria biomedicina e ciência da saúde, em Pittsburgh, nos Estados Unidos. Além do cearense, outros brasileiros foram reconhecidos por seus trabalhos durante a feira, dentre eles duas alunas do município de Bela Cruz. A próxima feira que o Lucas vai participar é a Genius Olympiad, em Nova York, em julho de 2016.
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Os resultados positivos da pesquisa fazem Helyson pensar em comercializar seu composto como alimento, na forma de polpa, ou em forma de medicamento, mas ela ainda não sabe como.
Por enquanto, Helyson Lucas pretende concluir o curso técnico e depois ingressar em uma faculdade. Ao O POVO, ele falou não ter certeza ainda do que quer fazer, mas as três opções, farmácia, biotecnologia e química são uma das planejadas para esse pequeno gênio.
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