Suspeito de integrar facção criminosa tem casa incendiada em Icapuí

A Delegacia Municipal de Icapuí, no Litoral Leste do Estado, investiga as circunstâncias de um incêndio registrado na última sexta-feira, 16, em uma residência do Município. As chamas atingiram a casa onde morava um homem preso no último dia 17 de julho suspeito de integrar uma organização criminosa. Ninguém ficou ferido.

Vídeo feito por moradores mostra que pichações referentes à facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) foram feitas na casa. Roupas e outros bens também são vistos na calçada da residência. Veja o registro:

“A PCCE investiga se o fato tem relação ao cumprimento de mandado de prisão preventiva pelo crime de organização criminosa contra um homem, de 26 anos, com passagens por tráfico de drogas, que morava na residência”, informou a Polícia Civil, que acrescentou ainda que a prisão se deu na própria casa em que o incêndio foi registrado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em 17 de julho, no contexto da operação Gangster, nove mandados de prisão foram cumpridos em Icapuí, Pindoretama (Região Metropolitana de Fortaleza) e Fortaleza. Os alvos eram suspeitos de integrar a GDE.

Conforme as investigações, eles participavam de um grupo no aplicativo Whatsapp denominado “RACHA DOS AMIGOS ICAPUÍ MÊS 10”. No grupo, era feito o controle da "caixinha" da GDE em Icapuí, ou seja, a contribuição que os faccionados são obrigados a pagar mensalmente à organização.

Além disso, foram encontradas mensagens alusivas à atuação da facção na região e ao monitoramento de diligências policiais.

“Meus irmãos desse mp (mapeamento), pra tá passando a visão das quebradas, meus irmãos, pra tá agindo na coletividade, a gente tem que está sempre um passo à frente dos vermes (policiais), meus irmãos, vamos abrir a mente, né, e tá passando a visão de suas quebradas, ok?” (SIC), consta em um dos áudios encontrados pela Polícia Civil no grupo.

Na última quarta-feira, 14, a Vara de Delitos de Organizações Criminosas recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE) contra oito alvos da operação Gangster.

São eles: Romário Teixeira Lima, conhecido como “Irmão RR”; Francisco Wanderlei da Silva Alves, conhecido como “Irmão Estratégia”; Dionata Braga da Silva, conhecido como “Sem Simpatia”; Luiz Rafael Ferreira dos Santos, conhecido como "CDS" e "Bem CSD"; Adriel da Silva Aquino, conhecido como "Aylla STF" e "Punição"; Jonas da Silva Costa, conhecido como "Irmão Portuga" e "Janinha"; Josinaldo Sousa do Nascimento, conhecido como "Irmão Preto"; e Welton John Sabino Rebouças, conhecido como "Med Mex".