Investigação da chacina de Ibaretama aponta para disputa entre facções criminosas

Os dois suspeitos capturados tiveram as prisões em flagrante convertidas em prisão preventiva

17:34 | Nov. 28, 2020

Por: Jéssika Sisnando
Casa usada pelos suspeitos como apoio para a chacina em Ibaretama, conforme investigação (foto: Divulgação/SSPDS)

Os dois suspeitos da chacina que vitimou sete pessoas em Ibaretama, a 144,9 quilômetros de Fortaleza, na última quinta-feira, 26, tiveram as prisões em flagrante convertida em prisão preventiva neste sábado, 28, durante o plantão judiciário de Quixadá. Conforme a decisão judicial obtida pelo O POVO, as vítimas e os executores eram integrantes de facções e, provavelmente, seja esta a motivação do crime, disputas de poder envolvendo as facções Comando Vermelho e Guardiões do Estado (GDE).

Francisco Victor Azevedo Lima e Kelvin Azevedo Lima foram autuados por homicídio qualificado na ocorrência que vitimou Wilian da Silva Rodrigues, de apenas 6 anos idade, Francisco Gabriel Pereira da Silva, 14 anos, Luana Melo das Costa, 19 anos, além Osvaldo da Silva Lima, 24 anos, e Wellington Lima Silva, de 17 anos. O crime teve uma sobrevivente de nome preservado.

Dentro da residência, os policiais encontraram três vítimas e, no quintal, mais três vítimas. A 50 metros da casa, foi localizado o corpo de Wilian. Francisco Victor e Kelvin são apontados como irmãos que teriam ido buscar criminosos na BR-122 e levando-os até o local da residência.

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