CGD investiga PM suspeito de participar de homicídio de homem em Pacatuba

Delegacia de Guaiúba teria reunido indícios de autoria do soldado. Agora, CGD irá investigar as condutas do PM e avaliar sua continuidade na Corporação Militar

13:09 | Mar. 13, 2024

Por: Cotidiano O POVO
Foto de apoio ilustrativo (fachada da CGD). Policial penal é investigado por improbidade (foto: Aurelio Alves/O POVO)

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) abriu Investigação Administrativa contra um policial militar, suspeito de envolvimento no desaparecimento e na morte de um homem em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O crime foi registrado em novembro de 2023.

Conforme portaria da CGD publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) dessa segunda-feira, 11, o soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Thiago Pereira de Souza foi preso em cumprimento a um mandado de prisão relacionado ao desaparecimento e homicídio por arma de fogo de Antônio Costa Teófilo.

Antônio Teófilo, conforme O POVO noticiou na época, desapareceu no dia 6 de setembro, no distrito de São Luis, em Pacatuba. O corpo foi localizado no dia 14. Neste intervalo, as investigações coletaram informações de que a vítima tinha contraído dívidas com agiotas da região e estava sendo ameaçada.

Teófilo teria sido atraído de Guaiúba, local em que morava, a Pacatuba no dia em que desapareceu. O suspeito de atrair a vítima ao local, por sua vez, atuava como caseiro para um empresário, também suspeito pela morte. De acordo com a Polícia Civil (PC-CE), o empresário tinha relações comerciais com Teófilo. Durante a operação, o caseiro e o empresário foram presos na mesma casa.

Durante a operação, também foram apreendidos aparelhos telefônicos, dinheiro em espécie, cartões, documentos e anotações relacionadas ao crime.

Já o PM Thiago Pereira de Souza, que estava na ativa, porém em um dia de folga, foi localizado na mesma casa em que o caseiro e o empresário estavam. Com ele foram encontradas duas pistolas, ambas com registros legalizados.

Conforme publicado no Diário Oficial, a Delegacia Metropolitana de Guaiúba, que investigou a ocorrência, teria reunido indícios de materialidade e autoria do PM, demonstrando, em tese, a ocorrência de infração disciplinar por parte do militar.

Agora, a CGD inicia um Processo Administrativo Disciplinar para investigar as condutas do soldado e avaliar sua continuidade na corporação. Segundo o órgão, atos do soldado violam Valores Militares e Deveres Éticos, conforme a Lei nº 13.407/2003 (Código Disciplinar PM/BM). A 8ª Comissão de Processo Regular Militar (8ª CPRM) é responsável pela investigação.