Granjeiro: suspeito de participação na morte de João do Povo é preso e outros três são detidos
Wylliano Ferreira da Silva, de 30 anos, é o sexto envolvido na morte do prefeito
08:45 | Jul. 09, 2020
Atualizado às 12 horas
Um mandado de prisão foi cumprido na manhã desta quinta-feira, 9, contra Wylliano Ferreira da Silva, 30, sexto suspeito de envolvimento na morte do então prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto (PL). De acordo com o delegado Luiz Eduardo da Costa Santos, titular da Delegacia Regional de Crato, onde o homem está preso, na residência onde o ele foi encontrado estavam outras três pessoas, que também estão detidas na delegacia.
Um deles teria encabeçado a organização que tratou do veículo usado no crime. Os outros dois seriam membros da mesma organização, mas não há evidências que liguem eles ao homicídio de João do Povo.
"O investigado com mandado de prisão em aberto vai ficar à disposição da Justiça. O chefe da organização, ainda estamos avaliando a condição dele.Os outros dois também vamos ver a situação flagrancial", conta o delegado.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que a casa onde os quatro homens foram encontrados era usada como apoio para os crimes.
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Conhecido como João do Povo, João Gregório tinha 54 anos e foi assassinado em 24 de dezembro de 2019, véspera de Natal, com três tiros enquanto caminhava no entorno do Açude do Junco.
Investigação
Além disso, documentos e aparelhos celulares encontrados em endereços de Vicente Félix também foram apreendidos e encaminhados para a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) para serem submetidos à análise pericial.
Já nos dias 16 e 28 de janeiro, a Polícia Civil prendeu outros três homens que teriam ligação com o veículo um Volkswagen Polo, também apreendido, que foi usado na morte do prefeito. Ação policial foi Piauí e no Maranhão.
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Em março deste ano, José Plácido da Cunha, 53, tio do atual prefeito de Granjeiro, Ticiano Tomé (PMN), foi preso por ameaças a testemunhas do caso de João do Povo, em Maracanaú. De acordo com a SSPDS, além das ameaças, prisão ocorreu também por "outros indícios de autoria delitiva do crime". Um mês antes, Ticiano Tomé chegou a ser afastado do cargo e retornar um dia depois por suspeita de envolvimento no caso.
Denuncie
É possível colaborar com as investigações por meio do Disque-Denúncia da SSPDS, no número 181, ou para o número (88) 3102-1285, da Delegacia Regional de Crato. O sigilo e o anonimato são garantidos.