Tio do atual prefeito de Granjeiro é preso por ameaças a testemunhas do caso de João do Povo

A Polícia ainda tem indícios de que o homem também participou da autoria do crime. José Plácido é dono de um dos veículos que teve envolvimento com o crime

Atualizada às 15h46min

José Plácido da Cunha, 53, tio do atual prefeito de Granjeiro Ticiano Tomé, foi preso temporariamente por 30 dias devido a ameaças feitas a testemunhas do caso envolvendo a morte do então prefeito do município, João do Povo. A Polícia ainda tem indícios de que o homem participou da autoria do crime, segundo informações divulgadas em coletiva nesta manhã pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS).

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José Plácido foi capturado na tarde desta terça-feira em sua residência, no bairro Cidade Nova, em Maracanaú. Ainda foram apreendidos dois aparelhos celulares, que passarão por perícia. Não houve resistência por parte do homem durante a abordagem. Transferido para a Capital após a prisão, o homem será encaminhado para o Cariri, onde as investigações são conduzidas.

Plácido também é dono do veículo — uma Chevrolet S10 — que atuou dando suporte ao carro em que estavam os executores do crime. Em depoimento, o homem disse que na época havia emprestado o carro para o sobrinho e irmão dele: atual prefeito da cidade, na época vice-prefeito, e seu pai, respectivamente.

"Temos comprovação nos autos que esse veículo deu apoio aos executores, andou em comboio com o veículo de modelo Volkswagen Polo, algum momento após o crime. Com Plácido, são três presos, suspeitos de envolvimento. Estamos na fase de individualizar a conduta de cada um", declarou o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul), Ricardo Pinheiro.

Outros dois homens já foram presos por suspeita de envolvimento no crime. Eles foram capturados em flagrante no dia 16 de janeiro após a Polícia apreender o veículo apontado como transporte utilizado por suspeitos do crime. Apreensão foi realizada em uma revenda de veículos, em Teresina, no Piauí.

Fases

A prisão de Plácido foi a quarta fase da investigação, como explica o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinicius Rattacaso. "Buscamos dar uma resposta efetiva. Essas fases se comunicam entre si. Agora, com equipamentos apreendidos junto aos suspeitos, a perícia dos policiais analistas vai concluir essas informações, as quais vão subsidiar o inquérito", completa.

Os delegados ratificam que as investigações levam a crer que a motivação do crime foi política. "Até agora, as diligências indicam essa possibilidade", diz o delegado-geral.

Conhecido como João do Povo, o prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto (PL), foi assassinado na manhã do dia 24 de dezembro do ano passado, véspera de Natal. A vítima tinha 54 anos e levou três tiros enquanto caminhava no entorno do açude Junco, no município distante 442,2 km da Capital. Ele era investigado pela Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Bricolagem, que investigava fraudes em licitações.

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