Filhotes de peixe-boi são resgatados após encalhe no Pontal de Maceió

Dois filhotes de peixe-boi encalharam, na manhã da última quarta-feira, 15, na praia do Pontal de Maceió, em Fortim, 132,3 km de Fortaleza. Os mamíferos marinhos estavam bastante desidratados e foram levados ao Centro de Reabilitação do Programa de Conservação de Mamíferos Marinhos da ONG ambiental Aquasis, responsável pelo resgate. Eles medem aproximadamente 1,30 metros e o estado de saúde de ambos é estável.

Por volta das 12 horas, a equipe conseguiu chegar ao local e constatou que os animais não apresentavam sinais de insolação. No caso de encalhe de filhotes, o procedimento correto de resgate inclui o monitoramento da região para localizar a mãe dos mamíferos, mas os filhotes, apelidados pela ONG de Tico e Teco, tiveram que ser levados para receber atendimento médico e hidratação com soro.

Segundo a assessoria da Aquasis, há a possibilidade de que os peixes-bois tenham se perdido da mãe na correnteza, sendo arrastados para o Pontal. Uma equipe do Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UFRN), foi encaminhada até a área do encalhe para encontrar a fêmea. A ONG Aquasis afirma que há grande possibilidade de os filhotes serem gêmeos.
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Ainda não há informações sobre a mãe, mas o monitoramente segue até esta sexta-feira, 17. Quando a fêmea é encontrada, os filhotes devem ser devolvidos ao mar, mas se não forem reconhecidos podem ficar até dois anos no Centro de Reabilitação, quando poderão ser readaptados à natureza e soltos.
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[SAIBAMAIS 2] Encalhe
O Ceará é um dos estados com maior número de encalhe de peixes-bois. Até julho, quando O POVO publicou uma matéria sobre o encalhe de mamíferos, cerca de 53 mamíferos marinhos haviam sido localizados encalhados, desde janeiro de 2013.

Foram 47 cetáceos, entre espécies de golfinhos e baleias, e seis sirênios - os peixes-bois marinhos, de acordo com a coordenadora do Manatí, Ana Carolina Meirelles, bióloga doutora em Ciências Marinhas Tropicais. “Esses encalhes aconteceram principalmente no litoral leste, nas regiões de Aracati e Beberibe”, afirma.

Em Fortaleza, conforme conta Ana Carolina, há uma população de 40 botos-cinza, que sofrem com a pesca acidental, poluição e modificação do habitat. “A gente tem varios espigões, aterros, píer, que foram construídos ao longo do tempo e que geram impactos”, cita Ana Carolina.

Serviço
Contatos emergenciais de resgate da Aquasis
Telefone: 3318 4911
Celular: 9675 0665
Mais informações: www.projetomanati.blogspot.com.br