Cadeia Pública do Crato alcança meta histórica e tem 100% das internas em projetos de trabalho e estudo

De acordo com a pasta, 96 detentas estão engajadas em projetos sociais

A Cadeia Pública do Crato, município localizado a 502,3 km de Fortaleza, atingiu a meta histórica de 100% das internas envolvidas em programas de ressocialização, como estudo, trabalho e capacitação profissional dentro da unidade prisional. O percentual é equivalente às 96 mulheres enredadas na realização de atividades educacionais e laborais. A atual gestão da Secretaria de Administração Penitenciária informou que busca executar projetos que proporcionem reintegração social e promovam mudança de perspectiva para as internas.

Com o objetivo de desenvolver a cidadania das internas, várias ações são realizadas na unidade, entre elas está o investimento educacional que contempla, regularmente, 89 internas. No total, são cinco turmas matriculadas no curso de alfabetização, ensino fundamental II e ensino médio. Além disso, as internas têm acesso aos demais espaços de aprendizado e participação no projeto Livro Aberto, que prevê remição da pena por meio da leitura.

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Em entrevista nesta quarta, 9, ao jornalista Farias Júnior, da rádio CBN Cariri, o secretário da administração penitenciária do Estado, Mauro Albuquerque, falou sobre os benefícios dos programas dentro da instituição.

“Quanto ao trabalho, a cada três dias trabalhados, é um a menos na pena. Já no projeto Livro Aberto, cada livro lido são menos quatro dias na pena. Na educação, a cada 18 horas de estudo será um dia a menos na pena. Então, são um conjunto de ações que incentivam cada vez mais o interno a seguir o caminho do conhecimento e do trabalho e, assim, passar menos tempo nas prisões”, pontuou.

Periodicamente, o núcleo de atividades laborais da unidade desenvolve diversos serviços, como a manutenção do próprio estabelecimento penitenciário, a limpeza das áreas comuns, capinação, artesanato, crochê e conservação da horta.

Segundo ele, a conquista tornou-se possível devido ao esforço e trabalho dos policiais penais em garantir a segurança e a funcionalidade dos projetos. 

“Os índices de reincidência veremos daqui a quatro ou cinco anos com maior exatidão, mas já temos uma considerável redução de reentrada. São mais de 50% das pessoas capacitadas dentro do sistema prisional que saem com mais condições de não retornar ao crime, isso já é fato”, concluiu o secretário.

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