Cobra jiboia de 3 metros é encontrada dentro de pneu em terreno no Crato

De acordo com os militares, animal não venenoso costuma aparecer em áreas urbanas durante a época de chuva para se alimentar e para acasalar

22:09 | Jun. 09, 2021

Por: Lara Vieira
O animal foi encontrado por um morador (foto: CBM/Reprodução)

Uma cobra Jiboia de quase três metros de comprimento foi resgatada de dentro de um pneu, em terreno no Crato, a 545 km de Fortaleza. A ação ocorreu na Avenida Padre Cícero, no bairro Muriti, por volta das 10 horas da manhã desta quarta-feira, 9. A Jiboia foi resgatada sem ferimentos e já foi devolvida ao seu habitat natural.

A cobra foi encontrada no terreno da casa de um morador, que solicitou socorro do Corpo de Bombeiros Militares (CBM). De acordo com as informações dos profissionais, a cobra jiboia não é venenosa, mas mata sua presa por asfixia. A estação das chuvas é a época onde a quantidade de cobras se multiplica em áreas urbanas e rurais, devido a maior incidência de alimento e por conta da época de acasalamento.

Segundo o com o tenente-coronel Agnaldo Alexandre Viana, o perigo aumenta na zona rural. “Na roça, muitas pessoas não usam bota, luva e, quando limpam o terreno ou pegam em madeira não olham direito o local, e nas cidades está se tornando comum se encontrar cobra em motor de carro”, informou o Comandante do 5º Batalhão de Bombeiro Militar (5ºBBM)

De acordo com os Bombeiros, no Ceará, a maioria das vítimas de picadas de cobras são homens de seis a 70 anos, residentes da zona rural. A ocorrência também se dá mais entre 4h e 7 horas da manhã e entre 17h e 18h30min, em locais úmidos, de vegetação rasteira e perto de rios, mangues, lagoas e terrenos baldios, normalmente em locais escuros e fechados.

Ataques de cobras peçonhentas

O CBM esclarece que é importante manter o membro que foi picado o mais parado possível, para evitar que o veneno se espalhe. O ideal é que a vítima seja transportada por maca até ao hospital. Na unidade de atendimento, é necessário informar as características da cobra e identificar se o animal realmente era venenoso ou não. Em caso afirmativo, os profissionais administraram o antídoto para o veneno, de forma a que as lesões parem de acontecer