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Colombianos são presos suspeitos de agiotagem e lavagem de dinheiro no Cariri

Cerca de 20 equipes policiais participam da operação
07:34 | Set. 03, 2019
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia

Atualizada às 11h50min

A Polícia Civil cumpre 12 mandados de prisão em uma operação que investiga a participação de colombianos em crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro na região do Cariri. Outros 31 mandados de busca e apreensão e 17 de sequestro de bens também são cumpridos. A movimentação de viaturas começou ainda pela madrugada nos municípios de Barbalha, Crato e Juazeiro do Norte.

Conforme uma fonte da Polícia Civil, os investigados também são suspeitos de extorquir e ameaçar vítimas. Cerca de 120 policiais participam da operação nos três maiores municípios do Cariri cearense. Investigação começou há quatro meses. 

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Dinheiro apreendido junto com presos suspeitos de esquema de agiotagem no Cariri
Dinheiro apreendido junto com presos suspeitos de esquema de agiotagem no Cariri (Foto: Divulgação/SSPDS)

Dois colombianos, apontados como líderes da organização criminosa, foram presos por volta das 7h45min. Com eles, um carro e uma moto foram apreendidos. Além disso, R$ 20 mil em reais e moedas estrangeiras foram encontrados. Também há brasileiros entre entre os presos. A quadrilha teria ainda ramificações na Colômbia, para onde o grupo enviava dinheiro proveniente dos crimes. Ao todo, 11 pessoas foram presas nesta manhã. Dentre elas, nove foram detidas por cumprimento de mandados de prisão e duas foram presas em flagrante por agiotagem. 

+ Leia mais: Quadrilha internacional suspeita de agiotagem é presa no Vale do Jaguaribe

 

Na prática, os criminosos emprestavam dinheiro a uma taxa de juros muito alta. Há relatos de cobranças diárias, o que envolvia ameaça de morte e extorsão. Com essas ameaças constantes e a presença diária dos agiotas colombianos em suas casas, tomadores de empréstimo eram coagidos a pagar os juros exorbitantes e não conseguiam quitar a dívida.

Segundo os policiais o grupo movimentou milhões de reais ao longo dos últimos anos. A quantia deve ser divulgada em coletiva de imprensa nesta tarde.

O advogado Roberto Duarte, que representa três dos setes presos nesta manhã, afirmou à reportagem que "não há linha de defesa porque ainda não houve acesso ao conteúdo" da investigação. As oitivas devem começar por volta das 15 horas.

Pelo menos 120 policiais participaram da ação
Pelo menos 120 policiais participaram da ação (Foto: Divulgação/SSPDS)

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirma que participarão da operação a Delegacia Regional de Crato, com o apoio do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do Departamento de Polícia do Interior Sul (DPI Sul). (Colaborou: Luciano Cesário/CBN Cariri)

 

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