Julgamento do réu acusado de matar ex-esposa a facadas em Crateús começa nesta segunda, 22

O julgamento de Jaime Rodrigues Teixeira, 37, acusado de assassinar a ex-esposa, Nadinny Oliveira, 25, a facadas em Crateús, município a 355 quilômetros (km) de Fortaleza, teve início nesta segunda-feira, 22. O caso aconteceu em 2021, quando o réu teria invadido o local de trabalho da vítima e cometido o crime.

Em nota, o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) informou que oito testemunhas serão ouvidas durante o processo. Ainda não há prazo para que a sentença seja proferida.

Jaime não aceitaria o fim do relacionamento de 11 anos com Nadinny e, cerca de um mês após o término, premeditou a morte da jovem, de acordo com os autos. 

Familiares foram surpreendidos pelo crime, pois o casal aparentava ter uma relação estável.

“Foi um momento de muita tristeza e assim, chocante para toda a família, para todo mundo, porque até então eles tinham um relacionamento estável de muitos anos. O término, por ter sido assim um pouco de repente, eles estavam passando por problemas, foi muito chocante para toda a família e toda a cidade, pela brutalidade e hediondez do crime”, aponta uma familiar da vítima.

Ocorrido há cerca de dois anos, o caso tinha julgamento previsto para 2023, mas devido a um pedido de desaforamento da defesa de Jaime, foi levado da comarca de Crateús para Quixadá, onde atualmente ocorre a audiência.

À época, devido ao desejo de que o caso fosse julgado logo, a família decidiu por não protestar contra o pedido e aceitar que júri fosse movido para outra localidade.

“A gente está esperando por justiça. É complicado porque esse júri já deveria ter acontecido, principalmente na cidade em que aconteceu o crime. Estamos esperando por justiça, para que sejam acatadas todas as qualificadoras, para que ele tenha uma pena alta e a justiça seja efetivamente feita, porque a Nadinny perdeu a vida com 25 anos, muito jovem, e a vida dele vai continuar”, acrescenta.

Jaime foi preso em flagrante na época e segue detido desde então. A família de Nadinny aguarda a conversão da prisão preventiva do acusado para definitiva.

“Diante da brutalidade desse crime, não acho que seja seguro esse cara estar solto na sociedade. Não é seguro para a família, para amigos, outros familiares… Não é seguro para ninguém esse cara estar solto”, conclui uma das familiares.

O POVO procurou a defesa de Jaime Rodrigues e aguarda resposta. A matéria será atualizada assim que houver retorno.