Família denuncia que adolescente de 13 anos teria sido morto por policiais
Mizael Fernandes teria sido assassinado enquanto dormia, na própria casa. Moradores bloquearam a BR-116 em protestoAtualizado as 19h26
A morte de um adolescente de 13 anos gerou revolta em moradores de Chorozinho, a 72 km de Fortaleza. Mizael Fernandes da Silva foi morto a tiros, dentro de casa, na madrugada desta quarta-feira, 1º, no momento em que dormia, segundo familiares. A família denuncia que policiais militares foram os autores da morte; eles teriam pedido para entrar na casa da família, ido ao quarto do adolescente e atirado contra ele.
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Em nota, Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) classificou o caso como morte em intervenção policial. Conforme a SSPDS, a Delegacia Metropolitana de Chorozinho investiga o caso. A nota da secretaria ainda diz que um revólver calibre 38 foi apreendido no local, com cinco munições intactas. Segundo a SSPDS, Mizael chegou a ser encaminhado a um hospital, mas não resistiu. Ele não respondia a nenhum ato infracional, destacou a nota.
Durante a manhã, manifestantes chegaram a bloquear a BR-116, colocando fogo em pneus e troncos. Policiais dispersaram o protesto por volta das 13h30min. Nas redes sociais, circulam vídeos gravados por familiares de Mizael protestando contra a morte e cobrando justiça. "Eu abri o portão, eles entraram e, do jeito que eles entraram, a criança tava dormindo, eles mataram. Uma criança, eu só queria pedir justiça!”, diz uma familiar de Mizael em um vídeo.
“Hoje eu tô sofrendo a dor, mas amanhã pode ser outra mãe. Para que isso não venha acontecer.... Era uma criança de apenas 13 anos. Treze anos! Estudava, do colégio para casa. A Polícia entrou e atirando nele dormindo. Ele nem sabe que morreu, nem sabe. Que Polícia é essa?”, diz outra parente em outro vídeo. Em sua página no Facebook, a Escola de Ensino Fundamental Luiz Liberato de Carvalho, onde Mizael estudava, manifestou pesar pela morte. "Nos solidarizamos e demonstramos todos os nossos sentimentos aos amigos e familiares de nosso querido aluno".
O POVO entrou em contato com a Polícia Militar pedindo posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.