Caucaia: empresa provedora é atacada a tiros e posto bancário suspende serviço por falta de internet
Nos últimos dias, ataques a provedores de internet e equipamentos têm sido registrados no município. Moradores relatam que estão sem conexão desde o domingo, 9
Uma empresa provedora de internet foi atacada a tiros na noite dessa segunda-feira, 10, no bairro Itambe, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A fachada do local foi atingida por pelo menos seis disparos.
Também em Caucaia, um posto do Caixa Aqui teve os serviços suspensos desde segunda-feira, 10, devido à falta de conexão na região de Sítios Novos. Moradores locais relataram ao O POVO que estão sem internet há pelo menos dois dias.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
“Dois dias sem internet já”, disse uma comerciante, em anonimato. “Estamos sem internet desde domingo, a região toda está sem acesso à internet e a gente não sabe o porquê. O 4G funciona, mas é muito gasto”, relata um morador em anonimato.
Em comunicado, a empresa Acnet Provedor informou que a fachada da empresa “foi covardemente alvejada” na noite de ontem. “Infelizmente, estamos com alguns clientes sem acesso, e por conta dessa problemática, não temos previsão para o retorno das visitas técnicas”, disse.
No último domingo, 9, duas empresas de internet foram alvo de ataques da facção criminosa Comando Vermelho (CV). As unidades tiveram portas de vidro, cadeiras, ar-condicionado quebrados e paredes pichadas com recados ‘Crime’ e ‘CV’.
Grupo especial investiga crimes contra empresas provedoras de internet
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que a Polícia Civil do Ceará (PC-CE), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), realiza investigações e diligências relacionadas à atuação de grupos criminosos contra empresas provedoras de internet no Estado.
Ainda segundo a pasta, o grupo especial, anunciado pelo Governo do Estado, no sábado, 8, realiza, neste momento, oitivas e diligências no intuito de identificar e capturar os envolvidos com a ocorrência.
Os ataques estariam relacionados à cobrança de ‘taxas’ das facções criminosas às empresas para permitir a prestação de serviços em regiões dominadas pelas organizações, como O POVO mostrou anteriormente.