Três são réus por chacina que deixou quatro mulheres mortas em Caucaia

Crime teria sido motivado pela rivalidade entre facções criminosas. Expulsões de moradores no bairro Urucutuba teriam levado à ação criminosa

Três homens são réus pela chacina que deixou quatro mulheres mortas em 17 de fevereiro deste ano,no bairro Urucutuba, em Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza). Na última quinta-feira, 4, dois dos suspeitos tiveram mandados de prisão expedidos em desfavor deles.

Dos três acusados, um é apontado como mandante: Mikael Ferreira Sales, conhecido como MK, de 29 anos. Já os outros dois são apontados como executores do crime: Carlos Henrique da Silva Jerônimo, conhecido como Carlim, de 24 anos; e Thiago Rodrigues Rodrigues, conhecido como Amapá, de 21 anos.

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De acordo com a investigação da Polícia Civil, o crime foi praticado no contexto da disputa entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE).

Denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE) relata que o alvo original dos criminosos era Leônidas Paulo dos Santos, apontado como integrante do CV e que seria responsável por expulsar moradores do bairro Urucutuba.

Leônidas estava em uma das três casas existentes no sítio onde a chacina foi registrada, mas não foi encontrado pelos executores. A mãe dele, Andreia Paula dos Santos, porém, foi morta, assim como outras três mulheres que estavam no local: Mychely do Carmo Silva Ramos, Natália Paulo dos Santos e Maria Janice Sousa Valera.

Leônidas foi preso em flagrante após a Polícia Militar ir até o local do crime. Com ele, foram encontrados 80 gramas de maconha. À Polícia Civil, Leônidas confessou integrar o CV.

De acordo com a denúncia do MPCE, o chefe da GDE no Jardim Jatobá — bairro localizado em Fortaleza, mas próximo à Urucutuba — teria pedido apoio de Mikael para praticar o crime. Este é apontado como chefe da GDE nos bairros Canindezinho e Jardim Fluminense, também em Fortaleza.

As informações foram obtidas a partir do depoimento de duas testemunhas sigilosas. Isso foi contestado pela defesa de Mikael, que requereu a liberdade provisória dele por a prisão, em tese, ter sido baseado apenas nesses relatos.

Os advogados ainda afirmaram que Mikael é "réu primário, não possui condenação em qualquer processo, não possui ligação com organização criminosa, não utiliza o crime como meio de vida".

Em 25 de junho, a prisão cautelar de Mikael foi decretada e pedido de liberdade provisória que havia sido interposto pela defesa dele foi desconsiderado pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Caucaia.

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