Feminicídio: mulher morta em Caucaia estaria no 4º mês de gestação
Vizinhos escutaram discussão, gritos e pedidos de socorro no apartamento em que a vítima estava com o suspeito do crimeFrancisca Patrícia Soares, de 28 anos de idade, estava com pelo menos quatro meses de gestação. Ela foi morta com golpes de faca em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), na madrugada dessa terça-feira, 13. O caso é investigado como feminicídio, conforme apuração do O POVO.
De acordo com fonte, a vizinhança do apartamento onde Patrícia estava com o principal suspeito do crime ouviu discussão, gritos e pedido de socorro.
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A Polícia foi acionada por meio da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), mas quando as autoridades policiais chegaram ao local, a vítima estava morta.
Conforme a apuração, o homem havia alugado um apartamento em Caucaia há aproximadamente 14 dias e informou que havia se separado e residiria no local sozinho.
A vizinhança comentou não saber sobre o relacionamento do suspeito com a mulher e não possuía muitas informações sobre o caso.
Já a vítima seria natural de Tamboril, no interior do Ceará, onde também residia. Ela estava grávida do primeiro filho.
Mulher que teve 80% do corpo queimado está em estado grave
Em menos de 24 horas, outro caso de violência contra mulher foi registrado em Fortaleza. A vítima teve 80% do corpo queimado na segunda-feira, 12, Dia dos Namorados.
Mãe de uma criança de apenas 4 anos, ela foi internada no Instituto Doutor José Frota (IJF) em estado grave.
De acordo com apuração do O POVO, ela estava de férias, trabalhava em uma loja de veículos e, além disso, cuidava da mãe, que é uma idosa com problemas de saúde.
Grávida vítima de feminicídio
No mês de janeiro de 2021, a estudante de Fisioterapia Maria Efigênia Sores, de 28 anos, foi morta e teve o corpo incendiado após anunciar a gravidez ao então companheiro. A motivação do crime foi, justamente, o anúncio da gestação, conforme a investigação.
A vítima se relacionava com um motorista de aplicativo, Wandor Cordeiro Vasconcelos, que foi preso pelo crime e condenado pela Justiça a 29 anos de prisão. Além de ter matado Efigênia, ele incendiou e ocultou o corpo da moça.
Após o feminicídio, de posse do celular da estudante, ele exigiu um resgate de R$ 20 mil e se passou por integrante de uma facção criminosa.
A mãe de Efigênia, Jaqueline Santana, empenhou-se na busca de justiça pelo crime de feminicídio contra a filha. O corpo da jovem não pode ser velado porque estava totalmente incendiado.
Da mesma forma que Efigênia, outras mulheres no Ceará tiveram os sonhos e projetos encerrados de forma violenta. Reportagem do O POVO conta a história de Sthefani Brito, Adriana Moura e a enfermeira Cícera Carla, todas mortas pelos respectivos companheiros.