83 tartarugas-verde nascem na praia do Cumbuco, em Caucaia
O período chuvoso prejudicou a taxa de eclosão dos ovos, considerado baixo pela gestão municipal. O mapeamento dos animais no município é feito em parceria com a UFCTotal de 83 tartarugas-verde, da espécie Chelonia mydas, nasceram na manhã da última quinta-feira, 14, na praia do Cumbuco, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Os filhotes nasceram após um período de 62 dias da desova de um total de 157 ovos. Segundo Thiago Menezes, engenheiro de pesca e gerente de orla do Instituto do Meio Ambiente de Caucaia (Imac), o percentual de eclosão foi baixo, com taxa de aproximadamente 53%.
“Os ovos precisam de um ambiente mais quente para eclodir. Esse índice de nascimento é compreensível, tendo em vista que o fator determinante para desenvolvimento embrionário é a temperatura, e estamos no período chuvoso com dias bem nublados”, aponta Thiago em nota. A eclosão dos ovos aconteceu em uma localidade conhecida como Pico das Almas, em Caucaia.
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A espécie mantém-se na categoria Vulnerável (VU): ameaçado, de acordo com informações sobre redução da população. A tartaruga-verde, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), apresenta o maior número de indivíduos juvenis mortos encalhados ao longo da costa brasileira em decorrência do aumento da pesca costeira de emalhe, embora a espécie venha mantendo um número estável de ninhos ao longo dos últimos anos.
A gestão municipal defende que está monitorando a fauna costeira nas praias e tem tomado atitudes de proteção e preservação do ambiente marinho. “Vale ressaltar que a tartaruga ao escolher o ninho leva em consideração um ambiente limpo, saudável e equilibrado. Por isso, ter tartarugas nascendo nas praias da Caucaia significa que nosso litoral é um ambiente equilibrado e adequado para o desenvolvimento da vida marinha”, destaca o gerente. Neste ano, foram encontrados 19 ninhos de tartarugas entre as praias do Icaraí e a Barra do Cauípe.
A temporada de reprodução dos animais vai de setembro a março, conforme o Imac. O trabalho de mapeamento e acompanhamento é feito pela prefeitura em parceria com o grupo Interpesca, da Universidade Federal do Ceará (UFC), coordenado pelo biólogo Renato César. Para ajudar no monitoramento, a população pode entrar em contato com o Imac, enviando foto e localização do ninho, por meio do WhatsApp (85) 99784 5339.
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