Vigilantes amarrados por criminosos em escolas de Caucaia estão em choque, afirma Sindicato

O presidente do Sindicato dos Vigilantes disse que os profissionais foram ameaçados e estão em estado de choque. Ele relatou que alguns tiveram pertences pessoais roubados


O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Ceará ( Sindvigilantes), Daniel Borges, se pronunciou sobre o ataque criminoso e orquestrado a cinco escolas de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Os vigilantes foram rendidos, ameaçados e cinco armas foram roubadas na madrugada deste sábado, 16. Ele comentou que os profissionais estão em estado de choque e tiveram pertences pessoais roubados. 

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O presidente do Sindicato frisou que os vigilantes que atuam sozinhos nos estabelecimentos estão mais vulneráveis a ações criminosas. Ele relata que os assaltantes evitam estabelecimentos onde ficam mais de dois profissionais da segurança. Borges destaca que nas escolas municipais não é permitido o trabalho de vigilantes armados, mas nas unidades estaduais a atuação dos profissionais com arma de fogo é legal. 

Ele relata que há projetos para impedir o uso da arma por vigilantes nas escolas estaduais, mas destaca que esses trabalhadores estão presentes em áreas de risco em que há presença de facções criminosas. Portanto, para Daniel, deixá-los sem uma arma é pode facilitar a entrada de criminosas nos equipamentos públicos.

O presidente do Sindvigilantes afirma que há três anos aconteceu um tiroteio em Caucaia, uma situação parecida com a registrada nesta madrugada. No entanto, a escola foi invadida por criminosos e o profissional da segurança trocou tiros e foi baleado. Ele ficou meses internado. Atualmente, conforme Borges, a vítima é impossibilitada de trabalhar em virtude das lesões e foi aposentada. 

O crime 

 

Cinco escolas indígenas de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza, foram alvo de criminosos durante a madrugada deste sábado, 16. Vigilantes foram amarrados e tiveram cinco armas roubadas no ataque.

Entre 1 e 3 horas da madrugada, homens encapuzados invadiram as instituições de ensino no Capuã e roubaram os armamentos.

O POVO apurou que essas armas seriam recolhidas neste sábado, 16, por uma empresa de segurança. Criminosos foram identificados e a Polícia está a procura deles no intuito de prendê-los.

As escolas atacadas são:

Escola Indigena Tabeba Amélia Domingos
Escola Indigena Tapeba do Trilho
Escola Indigena Narcisio Ferreira Matos
Escola Índigena Tapeba 2
Escola Indigena Tapeba de Capuan

SSPDS 

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informa que as Forças da Segurança estão mobilizadas, com o emprego de equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), visando capturar os suspeitos envolvidos em roubos, na madrugada deste sábado (16), contra cinco escolas, nos bairros Capuan e Genipabu, no município de Caucaia - Área Integrada de Segurança 11 (AIS 11) do Estado. De acordo com informações preliminares colhidas pelos policiais, homens armados invadiram as escolas, renderam os vigias e subtraíram armamento e coletes balísticos que estavam trancados em armários dos estabelecimentos de ensino. Boletins de Ocorrências (BOs) foram registrados na Delegacia de Metropolitana de Caucaia (DMC), onde foi instaurado um inquérito policial. Mais informações serão passadas posteriormente para não atrapalhar os trabalhos policiais.

Denúncias
A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia.

As denúncias também podem ser encaminhadas para o telefone (85) 3101-3360, da Delegacia de Metropolitana de Caucaia (DMC). O sigilo e o anonimato são garantidos.

 

 

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