Caucaia entra em lockdown nesta sexta-feira, 12
O lockdown é uma tentativa de frear o avanço da Covid-19 na região e foi anunciado pelo prefeito Vitor Valim (Pros) nas redes sociaisMunicípio da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Caucaia entrará em isolamento social rígido a partir da meia-noite desta sexta-feira, 12. O lockdown é uma tentativa de frear o avanço da Covid-19 na região e foi anunciado pelo prefeito Vitor Valim (Pros) nas redes sociais. Desde o dia 8 de março, a cidade está em regime de toque de recolher das 18h às 5 horas, com funcionamento do comércio permitido apenas até as 15 horas.
A situação da rede hospitalar no Município é crítica. Como O POVO mostrou mais cedo, o socorrista do Samu Ceará e diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindsaúde), Messias Carlos, relatou a sobrecarga do sistema de saúde caucaiense: mais chamados de atendimento que ambulâncias disponíveis, espera de até duas horas para dar entrada em unidades de saúde e falta de leitos.
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“À noite, tinha 16 transferências de pacientes de Caucaia para Fortaleza. Mandaram mais três ambulâncias do Interior. Mas não chegamos a fazer todas as transferências por falta de leitos em Fortaleza também”, contou ele. “As ambulâncias passavam até duas horas para conseguir dar entrada nos hospitais e na Upa de Caucaia, todos lotados”, complementou.
Segundo informações da Secretaria da Saúde (Sesa), disponíveis na plataforma IntegraSUS e atualizadas às 11h04min de hoje, Caucaia tem 100% dos leitos intensivos ocupados. A lotação se mantém há 15 dias, desde 26 de fevereiro. Na época, o Município dispunha de 5 leitos de UTI exclusivos para Covid-19. No início do mês, o número de leitos dobrou, mas a ocupação não foi aliviada.
No Instagram, Vitor Valim informou que a gestão municipal tentou “conciliar de todas as formas a economia com a ciência. Infelizmente, como não houve a obediência na nossa cidade de Caucaia. Eu não gostaria de jeito nenhum de estar tomando essa medida, [mas] os números estão alarmantes na nossa cidade de Caucaia, os nossos leitos de UTI estão lotados. Então, nós temos que frear essa doença para preservar vidas. Sei que a economia é importante, mas vidas estão na frente de qualquer coisa”.
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