Dona de farmácia em Cascavel é presa por preços abusivos no álcool em gel

A empresária foi autuada por crime contra a economia popular

22:16 | Mar. 18, 2020

Por: Bemfica de Oliva
Frascos de 50g sem origem eram vendidos a R$ 12; preço do litro chegava a R$ 80 (foto: Reprodução/SSPDS)

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) prendeu, na tarde desta quarta-feira, 18, a dona de uma farmácia no centro de Cascavel. Ela estava vendendo álcool em gel a preços abusivos, muito acima dos praticados no mercado.

A abordagem partiu de uma denúncia anônima. Os policiais constataram que a farmácia estava comercializando o litro de álcool em gel a R$ 80, enquanto os frascos de 50 gramas, sem identificação de origem, eram vendidos a R$ 12. A farmácia também não fornecia nota fiscal dos produtos.

A dona do estabelecimento, Amanda Colaço de Souza, de 32 anos, confessou que estava comprando as embalagens menores e enchendo com produtos sem procedência comprovada. Ela disse que, antes do aumento da demanda, o álcool em gel era vendido a R$ 1,99.

Em denúncia feita nas redes sociais, uma cliente mostra também outras embalagens no mesmo estabelecimento, incluindo uma de 30 gramas, de marca conhecida, com preço de R$ 18.

A empresária foi autuada em flagrante por crimes contra a economia popular, devido ao preço abusivo, e contra a ordem tributária, por não fornecer notas fiscais aos clientes. Combinados, os crimes são inafiançáveis. Ela foi transferida para a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap).

Como denunciar

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma-CE), a procura por produtos como álcool em gel e máscaras de proteção está alta devido à pandemia de coronavírus, e a orientação no setor é restringir as vendas apenas à quantidade necessária. As fiscalizações do Procon em Fortaleza começaram na segunda-feira, 16. Até a terça-feira, 17, já haviam sido recebidas mais de 50 denúncias.

As denúncias podem ser feitas via telefone, pelo número 151 no Procon Fortaleza, ou pela plataforma digital do órgão. Para outras cidades é possível utilizar o disque-denúncia no número 181, e também pelo 190.