Acusado de matar jovem no interior do Ceará é condenado a 16 anos de prisão

O crime aconteceu em 2021, em Capistrano, mas o processo foi julgado em Fortaleza para garantir a idoneidade. Adolescente foi morto a tiros, e o réu confessou o crime à Polícia Civil

10:19 | Jun. 07, 2024

Por: Dayanne Borges
Foto de apoio ilustrativo (fachada do Fórum Clóvis Beviláqua). Adolescente foi morto a tiros em Capistrano e teve corpo ocultado (foto: Yuri Allen/Especial para O Povo)

Um homem acusado de matar a tiros um adolescente no interior do Ceará foi condenado a 16 anos de prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Inicialmente, Ramon Freitas cumprirá a pena em regime fechado e não poderá apelar em liberdade. A decisão foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) nessa quinta, 6. 

A pena foi dada pela 1° Vara do Júri de Fortaleza na última terça-feira, 4. O crime foi registrado no dia 27 de fevereiro de 2021, no município de Capistrano, nas proximidades do Açude do Tronco.

De acordo com os autos, o assassinato foi premeditado pelo acusado em decorrência de comentários que a vítima teria feito sobre a namorada de Ramon. O reú confessou o crime e informou à Polícia Civil do Ceará (PC-CE) onde o corpo estava. 

Na ocorrência, Ramon teria atraído a vítima para o local onde realizou o crime e enterrado o corpo em uma cova. Além disso, ele não teria agido sozinho, um adolescente teria colaborado para o réu emboscar e assassinar a vítima com disparos de arma de fogo.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), a vítima saiu de casa sem avisar e não voltou mais. Na época, a família iniciou as buscas para achar o adolescente e divulgou fotos nas redes sociais.

Após um mês de sumiço, a irmã da vítima recebeu uma ligação anônima do acusado se identificando como “Seu Francisco” para avisar que a vítima estava morta.

Durante o processo, aconteceu um desaforamento, que consiste na transferência de comarca. O crime aconteceu em Capistrano, mas foi julgado em Fortaleza para garantir a idoneidade do julgamento popular.