Estudante cearense é aprovado na Northwestern University, nos EUA
Alan Silva é escritor e fascinado por neurociência. Na universidade, ele pretende unir as paixões e pesquisar a influência cognitiva das artes
20:12 | Abr. 11, 2023
O estudante cearense Alan Silva Alencar, de 18 anos, foi aprovado para ingressar na universidade estadunidense Northwestern, em Chicago, para o segundo semestre de 2023. Ele deve se matricular na Faculdade de Artes e Ciências Judd A. and Marjorie Weinberg com uma bolsa que custeia anuidades, estadia e outros gastos estudantis.
Alan é natural do município de Brejo Santo, na região do Cariri, filho de professores e neto de agricultores. Diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), ele diz que sempre foi fascinado com a mente humana: “Sempre quis saber como e porque eu via o mundo de uma maneira diferente, porque a minha avó acabou esquecendo meu nome.”
Em 2021, aos 16 anos, decidiu direcionar os estudos para a Northwestern após assistir a um filme que abordava o processo de ingressar nas universidades americanas. “Eu vi que as universidades me dariam oportunidades muito maiores. Tanto de crescer enquanto escritor e conhecer gente do mundo todo quanto de ser um neurocientista,” coloca.
Autor de nove obras publicadas, Alan escreve desde os seis anos de idade, e publicou seu primeiro livro aos 11 anos. Alan acredita que a literatura molda o pensamento e pode transformar a mente e a vida das pessoas. “A arte das palavras, para mim, é a que tem um poder transformador mais direto porque a gente está envolto por palavras o tempo inteiro,” reflete.
Além da paixão pela escrita, ele conta que também gosta de dramaturgia e de moda e que usa o desenho de croquis para se concentrar durante as aulas. O jovem também pretende, no futuro, performar e se aprofundar na arte drag, usando seu gosto pela moda e pelas performances.
Na pesquisa que pretende desenvolver em seu período na universidade, ele diz que quer unir as afinidades pela arte e neurociência,“ juntar essas duas paixões e criar alguma coisa que ajuda o ser humano a viver melhor, a arte como uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida cognitiva.”
“Essa minha paixão, meu interesse pela neurociência cognitiva e artes adicionado à minha paixão de ser, que é ser cearense, vai me permitir adicionar, por exemplo, às minhas pesquisas um ponto de vista único,” afirma.
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