Dupla é presa suspeita de matar homem em barraca de praia em Beberibe
Criminosos chegaram a gravar vídeo interrogando a vítima, que integrava uma excursão que partiu de Acopiara. Homem negou integrar facção, mas, mesmo assim foi morto
20:32 | Jun. 03, 2024
Um homem foi morto na tarde desse domingo, 2, em uma barraca da Praia de Morro Branco, localizada em Beberibe, no Litoral Leste do Estado. Dois suspeitos de envolvimento na ação foram presos. Conforme Auto de Prisão em Flagrante (APF), o assassinato de José Wedison Brito da Silva foi motivado pela rivalidade entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE).
“Conforme narrado no APF, a vítima e outros indivíduos teriam chegado em ônibus de excursão, proveniente de Acopiara (a 308km de Beberibe), e na barraca onde estavam começaram a fazer referência a facção GDE, fato que chamou a atenção de todos os presentes”, consta na decisão da audiência de custódia à qual os suspeitos foram submetidos.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra a vítima sendo “interrogada” pelos criminosos. Eles perguntam a José Wedison: “É o que mesmo lá nas tuas áreas?”.
A vítima, que aparentava estar embriagada, confirmou que em Acopiara havia atuação da GDE, mas disse que não tinha envolvimento com a facção.
Ainda de acordo com o APF, dois homens chegaram ao local do crime em um carro. Cerca de três disparos foram efetuados. Em seguida, voltaram ao veículo e fugiram em direção ao bairro Macapá.
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O carro usado na ação foi identificado por policiais militares, que foram até a região onde o veículo estava e conseguiram efetuar a prisão da dupla.
Um dos presos teve a liberdade provisória concedida após dizer que é taxista e apenas levou os executores à praia, sem saber que eles iriam cometer o crime. Ele será monitorado por tornozeleira eletrônica.
Já o outro preso, identificado como Francisco Kaio Carvalho Lima, confessou ter participado da execução, declarando-se integrante do CV. Ao ser preso, os policiais militares apreenderam com ele uma arma de fogo que teria sido usada no crime. Francisco Kaio teve a prisão preventiva decretada.
“Os delitos constatados por ocasião do flagrante e o fato do grupo criminoso possuir inúmeros membros, conduzem a necessidade da manutenção da prisão do autuado FRANCISCO KAIO, até ulteriores investigações e a fim de cessar ou mitigar a atuação do grupo na região,como forma de manutenção da ordem pública”, afirmou na decisão o juiz Caio Lima Barroso.
As investigações prosseguem para identificar mais suspeitos de envolvimento no assassinato.