Estupro de vulnerável: professor de inglês, diretora de escola e administradora de reforço são indiciados no CE
Após prisão de professor de inglês, ele, a diretora da escola e a co-administradora do reforço escolar, também esposa dele, foram indiciados por estupro de vulnerável. As investigação identificaram que elas souberam de alguns dos abusos e não tomaram atitudes para evitar que outros casos acontecessem
14:37 | Jun. 28, 2022
A diretora de uma escola particular em Beberibe, a co-administradora da escola de reforço e um professor de inglês foram indiciados por estupro de vulnerável. O inquérito policial foi finalizado na sexta-feira, 24, e remetido ao poder judiciário pela delegada titular de Beberibe, Ana Scotti. O professor de inglês foi o alvo das investigações, após denúncias da mãe de uma aluna sobre o comportamento dele. Ele foi detido no último dia 15 de junho.
"Ficou comprovado pelos depoimentos das testemunhas que elas [diretora e co-administradora] tiveram ciência de alguns abusos e nada fizeram para evitar que outros ocorressem", relata a delegada Ana Scotti.
Os nomes dos três indiciados não são divulgados em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A co-administradora do reforço também é esposa do professor de inglês.
Leia mais
A criança responsável pela primeira denúncia não queria mais frequentar as aulas de inglês, e a situação despertou a atenção da mãe. A menina contou que o educador havia passado a mão nas partes íntimas dela. Diante da situação, esta mãe conversou com outras mães e descobriu que o profissional da educação mantinha a mesma conduta com outras vítimas na instituição de ensino.
A delegada Anna Scotti colheu depoimento de cinco responsáveis por crianças e, posteriormente, com a repercussão do caso, o número de vítimas passou para oito. Eram meninas entre 6 e 11 anos de idade. A titular de Beberibe relata que muitas das crianças, pela pouca idade, nãos sabiam identificar que eram vítimas de abuso.
O professor foi preso mediante cumprimento de mandado preventivo e, após saber que ele foi detido, a direção da escola emitiu uma nota em que chegou a enfatizar que a instituição de ensino não havia sido procurada para falar sobre o assunto. A nota também fazia referência à Justiça de Deus. "Vamos confiar na Justiça dos homens e principalmente na Justiça de Deus", divulgou.