Professor de inglês preso: mais três crianças denunciam abuso sexual em Beberibe
Oito crianças entre 6 e 11 anos já relataram aos pais os abusos sexuais sofridos pelo professor dentro de instituição de ensinoO número de crianças que denunciaram abuso sexual de um professor de inglês em Beberibe subiu de cinco para oito. A informação é da delegada Ana Scoti, titular da unidade policial da cidade. As vítimas têm entre 6 e 11 anos de idade e eram estudantes de uma escola particular e de uma academia, também privada, onde o suspeito dava aulas de Jiu-jitsu. A prisão foi cumprida pela Polícia Civil na última quarta-feira, 14, mediante mandado de prisão por estupro de vulnerável.
Homem de 29 anos não tem o nome divulgado para preservar a identidade das crianças, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O suspeito teve aparelhos celulares e o computador apreendido mediante mandado de busca e apreensão, conforme a titular da Delegacia de Beberibe.
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No interrogatório, negou à Polícia Civil ter abusado das vítimas. O professor dava aulas de inglês para o ensino fundamental; na academia, atendia crianças de todas as idades.
O início das investigações se deu por meio de uma menina, que pediu aos pais para não ir mais à escola no dia das aulas do professor, pois se sentia desconfortável com as ações dele. Ela descreveu que o homem passava a mão nas partes íntimas dela. A mãe procurou outros responsáveis de alunos da instituição de ensino, que conversaram com as crianças.
Os estudantes então denunciaram os abusos sexuais dentro da sala de aula. Ex-alunas, que também teriam passado pela mesma situação, relataram o abuso.
"Os pais estão muito abalados e assim que souberam do relato dos filhos logo procuraram à Delegacia de Beberibe. Com a repercussão do caso, outros pais também já nos procuraram relatando esses abusos.Por isso é tão importante que as denúncias sejam feitas o mais rápido possível, para que a Polícia possa agir e tirar de circulação esses abusadores, fazer com que outras vítimas apareçam", diz Ana Scotti.
As crianças serão ouvidas por equipe preparada para resguardar os diretos e garantias. Conforme a delegada, elas relataram aos pais que gostavam da escola, mas não queriam frequentá-la nos dias que o professor lecionava. O relato dos alunos e dos ex-alunos é semelhante em relação ao educador.
Para a titular da Delegacia de Beberibe, a idade das crianças, que são muito novas, fez com que muitas não soubessem diferenciar o que é um abuso sexual.
A instituição de ensino localizada em Beberibe lançou uma nota repudiando os fatos envolvendo o professor e relatando que a escola não foi procurada para falar sobre o assunto. "Vamos confiar na Justiça dos homens e principalmente na Justiça de Deus", divulgou. A escola manteve as portas fechadas no dia seguinte à prisão.
"É preciso que os pais orientem os filhos no sentido de identificar uma postura de abuso. Às vezes, a criança é tão nova que não consegue identificar que está passando por abuso. É importante conversar com as crianças que, se receberem qualquer toque em suas partes íntimas, devem imediatamente contar ao papai e a mamãe para que isso seja levado às autoridades", finaliza a delegada.
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