MP vai à escola após estudantes fazerem armas de papelão em alusão a facções

Município afirmou que atividade não foi proposta pela escola e que os pais dos estudantes envolvidos foram informados e ações no âmbito disciplinar serão tomadas

12:21 | Abr. 05, 2025

Por: Lucas Barbosa
Estudantes de escola de Baturité fizeram armas de papelão com alusão a facções criminosas (foto: Reprodução)

O Ministério Público Estadual (MPCE) foi, na manhã de quinta-feira, 3, até uma escola de Baturité, a 94,8 km da Capital, após receber informações de que, durante atividades escolares, estudantes haviam feito armas de papelão em alusão a facções criminosas.

Edson Lucas, advogado do prefeito do município, afirmou que a proposta não partiu da escola. Segundo ele, eram realizadas atividades lúdicas por ocasião de uma semana em alusão ao autismo e, ao sobrar material, alguns estudantes fabricaram esses itens.

“As crianças envolvidas foram identificadas e o caso foi tratado disciplinarmente, com os pais tomando as providências necessárias”, afirmou Lucas, que criticou o uso “politiqueiro” do caso.

O promotor Antônio Forte, que visitou a escola, afirmou ter sentido um clima de bastante apreensão entre os funcionários, sobretudo, por a escola estar localizada em um bairro “muito perigoso”.

“É uma situação muito sensível, mas, realmente, aconteceu”, afirmou o promotor. “É uma escola até grande, são 600 alunos e teve um grupo (envolvido) de uns 15, 20 alunos.”

Em nota, o MPCE afirmou que a 1ª Promotoria de Justiça de Baturité ouviu professores e integrantes da diretoria da instituição de ensino sobre o fato. “O MP segue apurando o caso e, se necessário, adotará as providências cabíveis”, disse a instituição.