Trabalhadores da limpeza pública de Barbalha paralisam atividades nesta quinta, 19

Os protestos cobram pagamento de salários atrasados e direitos que teriam sido acordados com a empresa contratada pela Prefeitura

12:14 | Out. 19, 2023

Por: Kleber Carvalho
Sindicato participou de reunião com a Secretaria do Meio Ambiente na manhã desta quinta-feira, 19 (foto: Hirma Lopes/Seeacomce)

Cerca de 120 profissionais do serviço de limpeza urbana de Barbalha, município a 501 km de Fortaleza, paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira, 19. Segundo os trabalhadores, a interrupção se dá em protesto ao atraso de salários e descumprimento de direitos acordados com a Meta Empreendimentos e Serviços, empresa contratada pela Prefeitura.

Há um ano e quatro meses responsável pela limpeza pública, a Meta estaria atrasando mensalmente o salário de varredores e catadores, que, segundo eles, deveria ser efetuado no quinto dia útil do mês.

Além disso, a empresa também estaria negando direitos estabelecidos em convenção com os trabalhadores, como vale-refeição e participação nos lucros a cada seis meses.

“Ela [Meta] deve de alimentação durante o período, por trabalhador, R$ 8.800. Se botar aí mais R$ 1.500 de café da manhã, já fecha R$ 10 mil e uns quebrados. A cesta básica é uma cesta que todo mês tem que entregar. Ela [a cesta] dá uns 70 kg de alimento. Eles entregam uma cesta de 20 kg”, afirma o diretor do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, Locação e Administração de Imóveis Comerciais, Condomínios e Limpeza Pública do Estado do Ceará (Seeaconce), Josenias Gomes.

Os trabalhadores, que inicialmente se concentraram em frente ao Departamento de Limpeza Urbana, também se dirigiram até a Prefeitura, onde o sindicato participou de uma reunião com a Secretaria do Meio Ambiente de Barbalha, que afirmou o repasse à empresa até o dia 15 de cada mês.

Ao O POVO, o titular da pasta, Alex Saraiva, informou que até o momento a Prefeitura não tinha conhecimento dos atrasos e que, ainda hoje, notificará a empresa para a regularização da situação dos profissionais.

Durante a reunião, a Prefeitura ainda teria solicitado que os varredores e catadores retornassem ao trabalho, pedido negado por eles, que afirmam só encerrar a greve após receberem uma sinalização de pagamento. Segundo Josenias, a dívida da Meta com cada trabalhador ultrapassa os R$ 15 mil.

O POVO também procurou a Meta Empreendimentos e Serviços para esclarecimentos sobre os atrasos, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.