Chapada do Araripe: Projeto de conservação busca reflorestar áreas em quatro anos

A meta inicial é captar 500 hectares, equivalente a um milhão e duzentas mil árvores. Interessados em contribuir podem fazer inscrição no projeto

15:32 | Out. 17, 2022

Por: Gabriel Gago
Equipe Cepan e apoiadores financeiros (foto: Divulgação/Cepan)

Pelos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, o projeto Rede de Conservação e Restauração da Chapada do Araripe, em parceria com o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), objetiva conservar a biodiversidade da Caatinga, incluindo o reflorestamento de 500 hectares até 2026.

Lançado no mês de julho, esta primeira etapa tem como foco a mobilização das áreas por meio de contatos a serem estabelecidos com proprietários de terras que tenham interesse em colaborar na implementação de ações em prol do meio ambiente.

“Da sua implementação até a conclusão, o projeto recuperará 30 nascentes, implementará 30 SAFs (Sistemas Agroflorestais) e serão mais de 30 mil beneficiados direta e indiretamente”, revela o geógrafo e  coordenador geral do Cepan, Joaquim Freitas.

As ações poderão ser implementadas nos seguintes municípios:

Ceará
Abaiara, Araripe, Barbalha, Brejo Santo, Campos Sales, Crato, Jardim, Jati, Missão Velha, Nova Olinda, Penaforte, Porteiras, Potengi, Salitre e Santana do Cariri.

Piauí
Simões, Alegrete do Piauí, Caldeirão Grande do Piauí, Curral Novo do Piauí, Fronteiras, Caridade do Piauí, Francisco Macedo, Marcolândia e São Julião.

Pernambuco
Araripina, Bodocó, Cedro, Exu, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Serrita e Trindade.

Para os interessados em contribuir com o projeto, é possível realizar a inscrição por meio do formulário disponibilizado no site. Depois de realizada, o Cepan irá analisar as informações disponibilizadas pelos proprietários e fará uma visita técnica em campo para conhecimento e validação das áreas.

A estruturação de mercados locais de sementes e mudas de espécies nativas, participação e treinamento dos agricultores locais, contando ainda com o estímulo do empoderamento feminino e das comunidades tradicionais do território, são algumas das práticas que, segundo o coordenador, estarão integradas a partir de janeiro de 2023.

"Essas são as pessoas que queremos ver envolvidas diretamente no processo de restauração florestal e que serão os principais beneficiários, tanto da implantação das ações de restauração, quanto na produção de insumos", conclui Joaquim.