Incêndio iniciado em reserva extrativista atinge terra indígena Jenipapo-Kanindé
As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas. O tamanho da área atingida também não foi mensurado aindaUm incêndio na Reserva Extrativista do Batoque, que possui 601 hectares, foi registrado na tarde de quarta-feira, 16, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. O fogo atingiu uma Área de Proteção Permanente, uma Unidade de Conservação e uma terra indígena, do povo Jenipapo-Kanindé. A área continua em vigilância até esta sexta-feira, 18.
De acordo com as informações do brigadista Kurtis Barros, do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama), 36 hectares de terra foram atingidos pelo fogo. As causas do incêndio estão sendo apuradas.
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Os primeiros brigadistas florestais que chegaram ao local, por volta das 13h30min, fazem parte da Associação de Proteção do Meio Ambiente do Município de Aquiraz (Apremace). Em seguida, equipes do Prevfogo/Ibama chegaram para dar o suporte à equipe já em campo.
Na mesma noite, a equipe da Apremace entrou em contato por telefone com a secretária dos Povos Indígenas Juliana Alves, cacika Irê do povo Jenipapo-Kanindé, que estava fora do Ceará. A líder então acatou a solicitação dos brigadistas e indicou representantes indígenas que conheciam bem a área para guiar a equipe.
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Na manhã de sexta-feira, 18, o brigadista Kurtis Barros informou que o avanço do fogo foi contido pelos brigadistas, mas a área ainda está em vigilância. Ele ressaltou que, de acordo com o Código Brasileiro de Desastre, incêndio florestal em área protegida é crime ambiental.
A secretária dos Povos Indígenas Juliana Alves, cacika Irê do povo Jenipapo-Kanindé, destacou a preocupação dos moradores da aldeia com o incêndio. "Nós, que cuidamos tão bem do nossa aldeia, sofremos com queimadas, principalmente da nossa vegetação que é sagrada", escreveu no X (antigo Twitter).
Atualizada em 19/8, às 20h20min
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