Incêndio iniciado em reserva extrativista atinge terra indígena Jenipapo-Kanindé
As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas. O tamanho da área atingida também não foi mensurado ainda
08:12 | Ago. 18, 2023
Um incêndio na Reserva Extrativista do Batoque, que possui 601 hectares, foi registrado na tarde de quarta-feira, 16, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. O fogo atingiu uma Área de Proteção Permanente, uma Unidade de Conservação e uma terra indígena, do povo Jenipapo-Kanindé. A área continua em vigilância até esta sexta-feira, 18.
De acordo com as informações do brigadista Kurtis Barros, do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama), 36 hectares de terra foram atingidos pelo fogo. As causas do incêndio estão sendo apuradas.
Os primeiros brigadistas florestais que chegaram ao local, por volta das 13h30min, fazem parte da Associação de Proteção do Meio Ambiente do Município de Aquiraz (Apremace). Em seguida, equipes do Prevfogo/Ibama chegaram para dar o suporte à equipe já em campo.
Na mesma noite, a equipe da Apremace entrou em contato por telefone com a secretária dos Povos Indígenas Juliana Alves, cacika Irê do povo Jenipapo-Kanindé, que estava fora do Ceará. A líder então acatou a solicitação dos brigadistas e indicou representantes indígenas que conheciam bem a área para guiar a equipe.
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Na manhã de sexta-feira, 18, o brigadista Kurtis Barros informou que o avanço do fogo foi contido pelos brigadistas, mas a área ainda está em vigilância. Ele ressaltou que, de acordo com o Código Brasileiro de Desastre, incêndio florestal em área protegida é crime ambiental.
A secretária dos Povos Indígenas Juliana Alves, cacika Irê do povo Jenipapo-Kanindé, destacou a preocupação dos moradores da aldeia com o incêndio. "Nós, que cuidamos tão bem do nossa aldeia, sofremos com queimadas, principalmente da nossa vegetação que é sagrada", escreveu no X (antigo Twitter).
Atualizada em 19/8, às 20h20min