Comerciantes fecham as portas em Aquiraz após extorsões e ameaças

Mercantis e estabelecimentos comerciais amanheceram fechados; Polícia Militar esteve na região nessa quinta-feira, 23

Os pequenos comerciantes do Camará, Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza, fecharam as portas nessa quinta-feira, 23, por não ter como pagar os valores exigidos por criminosos. Eles amanheceram com valores do "Pedágio" escritos nos medidores de eletricidade e ameaças nos muros.

A Polícia Militar esteve presente no local com uma base móvel. As pichações com ameaças aos moradores foram apagadas. O secretário da Segurança, Sandro Caron, esteve no local com o comandante geral da PM, coronel Márcio Oliveira.

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Em Camará, Aquiraz, os moradores sofrem com as extorsões realizadas por facções
Em Camará, Aquiraz, os moradores sofrem com as extorsões realizadas por facções (Foto: via WhatsApp O POVO)

 

Há comerciantes que moram no lugar há mais de 10 anos e tiram o sustento das vendas. A informação apurado pelo O POVO é que o valor cobrado é tão alto que obriga os proprietários a falir. Eles não possuem condições financeiras paga realizar os pagamentos.

Mercantis e lotéricas da região permaneceram sem funcionar. Em uma lotérica, os criminosos chegaram a colocar o valor do "pedágio" no medidor da eletricidade. 

O POVO tentou conversar com os comerciantes, mas as pessoas preferem não comentar o que houve. "Não sei. Hoje não sai de casa", disse um dos proprietários de estabelecimento que permaneceram sem funcionar.  

 90% dos homicídios em Fortaleza e na RMF são motivados por envolvimento com tráfico e facções

 

"Trabalhamos para que bandido e criminoso não tenha paz e nem tranquilidade" 

Sandro Caron reafirmou a presença da Polícia Militar e a investigação da Polícia Civil. Ele disse que não há prisões relacionadas ao caso, mas que a situação é prioridade para a Segurança Pública. "Cidadão de bem tem que ter tranquilidade, paz e segurança e também trabalhamos para que para que bandido e criminoso não tenha paz e nem tranquilidade", disse Caron.

"A própria Polícia Militar visitou as pessoas que moram e tentou conversar com os comerciantes e passou a eles a garantia que havia um reforço de policiamento. A Polícia Civil investiga tudo isso. Nós não vamos admitir aqui esse tipo de situação. Todos os casos que chegam ao nosso conhecimento são exaustivamente investigados. Essa situação hoje é uma das questões prioritárias para a segurança pública, pois nós prezamos muito por manter a tranquilidade do cidadão do estado", comentou o gestor da SSPDS.

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