Quadrilha explode banco em Antonina do Norte e ataca destacamento policial
Criminosos se dividiram em dois grupos para impedir a reação policial e explodir o banco. Duas pessoas foram feitas reféns. Até o momento, ninguém foi preso
10:13 | Jun. 09, 2017
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Uma quadrilha fortemente armada atacou a agência do Banco do Brasil de Antonina do Norte, na madrugada desta sexta-feira, 9. Duas pessoas foram feitas reféns no ataque dos criminosos, que se dividiram para cercar o destacamento policial e explodir o banco. A Polícia não soube ainda informar se o dinheiro foi levado. Apesar de o grupo efetuar disparos contra a PM, ninguém ficou ferido.
A invasão à cidade ocorreu entre às 00h30min e 1 hora da manhã, de acordo com a Polícia Militar da cidade. O grupo formado por cerca de 12 criminosos utilizou pelo menos dois carros e motos para chegar até o local do banco, localizado na rua Joaquim Eliseu, no Centro.
O vigia de um posto de gasolina próximo ao local do ataque e outro homem, que trafegava pela via de moto, foram feito reféns, de acordo com o soldado Joênio Januário, da PM de Antonina do Norte. "A moto do civil ainda foi roubada na ação. Eles foram liberados sem ferimentos, mas teve a violência psicológica", relata o policial militar.
Como o destacamento da cidade foi cercado, a Polícia só iniciou as buscas quando os criminosos começavam a deixar o local. Foi solicitado reforço dos destacamentos de cidades vizinhas, como Juazeiro do Norte, Assaré, Potengi, Araripe e Campos Sales, além de equipes do Comando Tático Motorizado (Cotam).
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As buscas pelos criminosos continuam durante o dia e até o momento ninguém foi preso.
Sobe para 25 o número de ataques a bancos no Ceará, de acordo com levantamento do O POVO Online, com base nos dados do Sindicato dos Bancários do Ceará. A contagem não inclui as ações conhecidas como "saidinhas bancárias" e ataques a carros-fortes.
Até então, o último ataque a banco no Estado havia sido registrado no último dia 31 de maio, quando criminosos fizeram reféns e explodiram um banco em Miraíma. As vítimas foram usadas como escudo humano, mas liberadas assim que a quadrilha fugiu.
No dia 1º de abril deste ano, duas agências foram atacadas no mesmo dia, em Jaguaruana. Esse ataque em Jaguaruana gerou repercussão devido à violenta troca de tiros com a Polícia, que terminou com cinco presos e sete mortos.